O deputado Wilson Santos (PSD) votou contra o projeto de lei 1833, que reduz as distâncias mínimas para a aplicar agrotóxicos em áreas agrícolas. “Que dia irônico neste parlamento! Quase tivemos um projeto aprovado que amplia o despejo de veneno sobre todos nós. O mato-grossense é o brasileiro que mais consome veneno no país. Nenhum Estado despeja mais agrotóxicos sobre sua população do que Mato Grosso. Bateu na trave para aprovar. Um absurdo! Permitir a aplicação do produto químico sem distância mínima em pequenas propriedades. O primeiro vento que bater vai levar o agrotóxico para dentro da casa do produtor. É isso que quase aprovamos. Isso é uma afronta à natureza e aos seres humanos!”, criticou. O projeto ainda será votado em plenário. Lúdio Cabral (PT) criticou a proposta apontando que “reduz e em alguns casos zera os limites para pulverização de agrotóxicos” e defende que seja reprovado para evitar o aumento da contaminação de pessoas, cursos d’água, animais domésticos e do lençol freático. O texto acaba com o limite para aplicar agrotóxicos e produtos afins nas propriedades consideradas “pequenas”, de até quatro módulos fiscais, de forma mecanizada ou não. Nas fazendas acima de 15 módulos fiscais, o limite fica de 90 metros. Nas médias, acima de 4 e até 15 módulos fiscais, o limite seria de 25 metros. As distâncias para aplicar veneno são em relação a “povoações, cidades, vilas bairros, e mananciais de captação de água, moradia isolada agrupamento de animais e nascentes ainda que intermitentes”.