O ex-governador Silval Barbosa afirmou, em depoimento na Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), no último dia 1º, que a ideia de desviar dinheuiro público com desapropriação do bairro Jardim Liberdade, em 2014, partiu do então secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf e o acusou de ser um dos responsáveis por localizar empresas que pudessem render propinas e oportunidades em que o então governador pudesse desviar dinheiro para quitar dívidas de campanha eleitoral de 2010, quando se elegeu governador. Silval diz que a conversa foi em seu gabiente entre Nadaf o então procurador do Estado (Chico Lima) e "foi tratado sobre o assunto da dívida que o interrogando tinha com Valdir Piran" e nessa conversa foi proposto por Nadaf que pagasse a desapropriação da área pois haveria a possibilidade do ‘retorno’ de aproximadamente R$ 10 milhões, valor que poderia ser utilizado para amortizar a dívida (de campanha) com Piran”. Ele diz que, passados alguns dias da conversa entre Silval, Nadaf e Chico Lima, Nadaf fez um adendo à proposta. Ao invés de somente garantir os R$ 10 milhões para pagar Piran ele pretendia também obter vantagem para si e para os demais envolvidos na desapropriação. Desta forma, o desvio de R$ 10 milhões passou para mais de R$ 15 milhões, o que representa cerca de 50% do que foi pago à empresa antiga proprietária do imóvel. Os beneficiários seriam ele próprio, Chico Lima e o então presidente do Intermat, Afonso Dalberto.
assados alguns dias da conversa entre Silval Barbosa, Pedro Nadaf e Chico Lima, o então chefe da Casa Civil fez um adendo à proposta. Ao invés de somente garantir os R$ 10 milhões para pagar o empresário Valdir Piran, com quem Silval teria feito empréstimo para financiamento de campanha, ele pretendia também obter vantagem para si e para os demais agentes públicos envolvidos na desapropriação.
Desta forma, o desvio de R$ 10 milhões passou para mais de R$ 15 milhões, o que representa cerca de 50% do que foi pago à empresa Santorini Empreendimentos Imobiliários, antiga proprietária do imóvel.
Os beneficiários seriam ele próprio, Chico Lima e o então presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Afonso Dalberto, delator na ação penal decorrente das operações Sodoma e Seven, ambas que apuram fraudes em desapropriações durante a gestão Silval.