O fechamento de questão do PSL em torno da reeleição do deputado Rodrigo Maia (DEM) para presidente da Câmara Federal não era a primeira opção do deputado eleito Nelson Barbudo (PSL), que preferia candidatura própria do seu partido, a segunda maior bancada no legislativo. Mais do que isso, a decisão deixa Barbudo numa situação desconfortável por causa do seu discurso de moralidade e contra a “velha política”. Ele sabe da dificuldade que terá para explicar a deliberação aos seus eleitores e se justifica dizendo que o apoio é uma decisão colegiada parte de uma estratégia para garantir a governabilidade do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e para enterrar a esquerda, representada pelo PT. “Participei [da reunião em Brasília] e parece que liderança do partido está fechada com o Rodrigo Maia. Eu fico numa situação porque eu tenho que fazer parte de um colegiado. Minha opinião é a seguinte: o que foi decidido é porque estávamos entre a cruz e a espada. Ou o PSL faz negócio com o Rodrigo Maia ou o PT faria. Até onde eu sei, o Rodrigo Maia é um cara de altíssima experiência, tem um número de partido que o apoia e ele não precisa do PSL para presidir a Câmara. O que fizemos foi tipo um xeque mate [na esquerda]”, justificou-se, em entrevista ao Só Notícias.