O ex-secretário Nacional de Política Agrícola Neri Geller (PP), que deixou o cargo semana passada, prestou esclarecimentos, na Comissão de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, sobre o polêmico leilão de arroz do governo federal. Ele afirmou que explicou para o ministro Carlos Fávaro (PSD), pela manhã (no dia que foi exonerado), e prestou esclarecimentos sobre o leilão. “Ele ficou de me receber à tarde e não me recebeu. Minha posição foi de não foi pedir demissão”, afirmou. Neri acrescentou que ficou esperando ser atendido por Fávaro mas não foi e tomou conhecimento de sua exoneração “por e-mail pelo gabinete do ministro” constando que teria sido “a pedido” (de autoria de Neri). “Como eu não tinha pedido demissão, eu documentei via e-mail, notifiquei acusando recebimento de demissão e pedindo ratificação para que minha demissão não fosse a pedido. É isso que aconteceu. Não estou criticando o ministro Fávaro”, declarou. Geller não atacou Fávaro mas nos bastidores circula que, o fato de Fávaro ter lavado as mãos e não defendido Geller, causou rompimento político entre ambos.