O promotor de Justiça Roberto Turin, presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público, afirmou que a delação do empresário Antônio Barbosa, irmão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), traz fatos semelhantes aos narrados em 2015 pelo também delator e ex-presidente do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), Teodoro Lopes, o “Dóia”, que depois de deixar o Detran foi secretário de Finanças na prefeitura de Sinop Ambos os depoimentos dão conta de esquemas de corrupção e propina dentro da autarquia, envolvendo a participação de políticos. A delação de Antônio Barbosa foi homologada no dia 9 de agosto pelo ministro Luiz Fux, do STF. Já a delação de Dóia está desde 2015 sob responsabilidade do desembargador José Zuquim, mas as investigações continuam sob sigilo. O depoimento de Antônio Barbosa dá conta de que o alegado esquema, envolvendo a empresa FDL Serviços que posteriormente mudou o nome para EIG Mercados Ltda, teria rendido propinas milionárias a Silval, ao presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (PSB), ao deputado Mauro Savi (PSB), além do ex-deputado federal Pedro Henry (PP), condenado no Mensalão. “Eu ouvi o Teodoro em 2015, nesse pré-acordo, que é quando o investigado faz um resumo do que pode vir a falar, do que aconteceu. A partir do momento em que ele citou pessoas com foro, enviei o caso ao Naco [Núcleo de Ações de Competência Originária]. Esse acordo foi enviado ao Naco. E a partir de lá a gente não sabe o andamento que teve. Sei que está sob sigilo e envolve pessoas com prerrogativa de foro”, disse o promotor. A informação é do Mídia News.