“A gente passa por coisas curiosas no Brasil, acho que é o único país do mundo que a gente tem que mostrar que uma ferrovia é sustentável. De repente você tem ambientalista mandando carta para bancos dizendo: ‘não financiem a Ferrogrão, porque a gente acha que a duplicação da BR-163 é melhor’. São coisas incompreensíveis, mas para quem está na infraestrutura há muito tempo, a gente apreende a ser resiliente e enfrentar essas coisas”. A declaração é do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, ao rebater ativistas ambientais que vem pressionando bancos para que barrem crédito à Ferrogrão, corredor ferroviário de exportação do Brasil pelo Arco Norte, ligando Sinop até os portos de Miritituba, no Pará, com 933 quilômetros. A justificativa do grupo, que enviará uma carta às instituições financeiras, é que a obra poderá desmatar uma área que equivale a da cidade de São Paulo. Ele acrescentou que o planejamento é feito para que o programa obtenha certificados verde e as equipes tem pensado, por exemplo, nos pontos de recuperação de áreas degradadas, de jazidas, combate ao processo erosivo, plantio compensatório, respeito a comunidades tradicionais, dispositivos de travessia de fauna, limitação de transporte de combustível fóssil, dentre outros conceitos.