O fim das convenções partidárias e os registros das candidaturas revelaram em Mato Grosso uma situação até então impensada no cenário político nacional. As coligações estaduais vão permitir que o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) divida, não simultaneamente, os três palanques apontados como ‘mais fortes’ do estado com Jair Bolsonaro (PSL) Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB), Álvaro Dias (Podemos) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) -que está preso- e caso obtenha registro na justiça para ser candidato. A situação se dá porque o PSDB, Democratas e PR estão coligados nacionalmente com o projeto tucano, mas terão candidaturas próprias ao governo do Estado com apoio dos demais partidos, a quem também consignaram seus palanques eleitorais. Em seu próprio grupo, encabeçado por Taques (PSDB), Alckmin terá que abrigar Bolsonaro, seu maior adversário na busca pelos votos de direita. A improvável aliança foi formada em virtude da candidatura da ex-juíza Selma Arruda (PSL) ao Senado.