Está disponível no portal do Ministério do Meio Ambiente o mais detalhado
mapa de Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) da Amazônia Legal. A linguagem é
acessível para todos os interessados em conhecer mais profundamente as
divisões desta região, que ocupa quase dois terços do território brasileiro.
Batizado de Mapa Integrado dos ZEEs dos Estados da Amazônia Legal, ele
oferece informações ao mesmo tempo precisas e globais dos nove estados que
compõem a área, de 5,2 milhões de km2.
Segundo Marcos Estevan Del Prete, da Coordenação Nacional do Programa ZEE no
Ministério do Meio Ambiente, não é preciso possuir conhecimentos técnicos
para compreender as informações disponíveis na internet. “O material é
didático, tem linguagem simples e clara. O cidadão brasileiro, maior
interessado, vai entender facilmente”, diz.
A produção do macromapeamento, que consumiu dois anos de trabalho das equipes
envolvidas, possibilitou padronizar os mapas antes dispersos em cada estado.
As divisões ecológico-econômicas são feitas individualmente pelas unidades da
federação há cerca de 15 anos. Rondônia, Acre, Mato Grosso e Roraima já
concluíram os trabalhos, mas esses dois últimos ainda não conseguiram
aprová-las na Assembléia Legislativa.
Havia um mapa anterior da Amazônia Legal, mas a riqueza de detalhes do seu
sucessor é inédita, assim como sua publicação na internet. “No papel, o mapa
se limita a uma imagem fixa”, diz Del Prete. “Na internet, é possível
visualizar textos genéricos e específicos que seriam inviáveis em versão
impressa.” Na rede mundial de computadores, por exemplo, o internauta pode
aproximar a figura e ler explicações sobre a imagem exposta.
A versão no papel também passou por renovações, agora está mais abrangente e
atual, e será apresentada oficialmente em cerimônia no dia 25 de janeiro, na
Fundação IBGE, no Rio de Janeiro. O trabalho foi executado pelo MMA, pelas
coordenadorias das ZEEs nos estados e pelo Consórcio ZEE Brasil, composto por
15 instituições federais, e teve apoio da GTZ (sigla em alemão de Agência de
Cooperação Técnica). Somente a versão on-line levou quatro meses para ser
construída.