A visita de deputados e empresários mato-grossenses ao Porto de Paranaguá e à Refinaria Presidente Getúlio Vargas – Repar (no Paraná), no início desta semana, foi um passo importante na viabilização do poliduto para Mato Grosso. De acordo com estudos feitos pela Transpetro, empresa responsável pela logística de transporte da Petrobrás, por meio do alcoolduto (que é um cano subterrâneo para escoamento do etanol) é possível reduzir em até 25% o custo de transporte do produto para os mercados consumidores internos e externos.
Para o deputado José Domingos Fraga Filho (DEM), a logística de transporte é essencial para o fomento da produção mato-grossense. “Temos que analisar a melhor forma e agir rápido, para não perdermos os investimentos previstos e ficarmos na contramão da história”, analisa. “Além disso, precisamos mobilizar e sensibilizar a sociedade e principalmente o Governo do Estado para ser o grande articulador para a concretização da construção do poliduto” afirmou.
O deputado Carlos Avalone (PSDB), destacou através da assessoria, que a viabilização do poliduto é essencial para o momento econômico que o Estado está passando. “Com este investimento, diminuiremos o chamado ‘custo Mato Grosso’, com redução dos valores de diesel e gasolina, e também com a redução do custo de escoamento da produção sucroalcooleira”, avalia. “Sem dúvida alguma, isto irá fomentar e muito a nossa produção. Se junto com o alcoolduto, conseguirmos também a construção dos dutos para o diesel e gasolina, transformando então no poliduto, Mato Grosso passará por um novo estágio de desenvolvimento”, prevê Avalone.
Uma das alternativas apresentadas pela Transpetro é a construção do poliduto com cerca de 2.000 km, saindo da refinaria do Paraná, passando por Mato Grosso do Sul, Rondonópolis e Cuiabá. Da capital, sairia o alcoolduto até o município de Nova Olímpia, um dos centros de produção de álcool do Estado. A segunda alternativa, seria apenas o alcoolduto, saindo de Nova Olímpia, passando por Cuiabá, Rondonópolis, Jataí (GO), Buriti Alegre (GO), Uberaba (MG) e Ribeirão Preto (SP), chegando em Paulínia (SP).
O gerente de Desenvolvimento de Projetos da Transpetro, Ubiracyr Martins, afirmou que “Estamos em processo de estudo e análise de viabilidades estruturais e econômicas. A Transpetro e a Petrobrás entendem que para a concretização é necessário uma junção de esforços, analisando três pontos fundamentais: logística, capacidade de produção e mercado externo”.
Porto de Paranaguá – A capacidade de exportação de Etanol pelo Porto de Paranaguá é de 600 mil metros cúbicos por mês. Para se ter uma idéia do volume, a produção total anual de Mato Grosso é de 800 mil metros cúbicos.Em 2006, passaram pelo porto mais de 2.300 navios. No dia 23 de outubro, um terminal público de álcool será inaugurado, ampliando ainda mais a sua capacidade para exportação do produto.