Após ser cotado para assumir a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) na próxima gestão, o deputado estadual eleito (PSDB) Wilson Santos negou qualquer interesse em compor o staff do governador eleito Pedro Taques (PDT). O tucano afirmou que foi julgado, punido e, recentemente, absolvido pela população. Ele se refere ao momento em que deixou a prefeitura da capital, em 2010, para entrar na disputa ao Paiaguás e a absolvição teria ocorrido com sua eleição para ocupar uma das cadeiras da Assembleia Legislativa.
Santos, que está em Manaus (AM) até o fim de semana, disse que não existe a possibilidade de desistir do Poder Legislativo neste momento. “Fui eleito como deputado estadual e vou assumir a cadeira no próximo ano. Não houve convite, e mesmo se houvesse, não iria aceitar o posto”.
Ele avalia que será muito mais útil ao governo dentro do Legislativo do que assumindo uma secretaria. “Quero ajudar o governador Pedro Taques da melhor forma e dar tudo de mim, baseado na experiência de 30 anos que tenho com a política”.
Questionado sobre um suposto receio por parte da população, devido à época em que desistiu da gestão da prefeitura para concorrer ao cargo de governador, Wilson disse que já foi perdoado, após ser eleito para assumir o legislativo. “Não tenho interesse na secretaria e acredito que serei muito mais útil e eficiente no Legislativo do que no Executivo para garantir que o governador eleito tenha aprovado o máximo de matérias importantes que ajudem a sociedade mato-grossense”.
O deputado eleito destacou que não é candidato à mesa diretora da Assembleia Legislativa e que vai votar no candidato que assumir o compromisso da moralidade dentro da Casa de Leis, dentro de alguns requisitos. “Vou votar no parlamentar que transpareça a movimentação financeira da Assembleia periodicamente, entre 2 ou 3 vezes por ano”.
Além disso, ele frisou que vai apoiar o fim da reeleição dentro do legislativo para o cargo de presidente e primeiro secretário e também a redução do mandato de dois para um ano. “Tem que acabar com a reeleição dentro do legislativo, com as tradicionais ‘dobradinhas’ na Casa. Também proponho que reduza o mandato da mesa para um ano”.
Para finalizar, Wilson disse que vai defender a redução significativa do duodécimo da Assembleia. Para ele, o alto valor disponível que chega a R$ 400 milhões por ano, é desnecessário para o legislativo. “Deve haver a redução significativa deste orçamento no legislativo, pois a Casa não precisa de tanto. Boa parte deste valor pode ser muito mais proveitoso pelo executivo”.