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Wilson retifica a prestação de contas de campanha eleitoral

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O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), vai retificar a prestação de contas da campanha enviada à Justiça Eleitoral. Com isso, o valor total de gastos vai aumentar de R$ 3,3 milhões para R$ 4,5 milhões.

A coordenação financeira da campanha de Wilson alega que a retificação se deve ao fato de que alguns gastos foram contabilizados como sendo do comitê financeiro do PSDB. A Legislação permite a abertura de duas contas na campanha: uma do candidato e a outra do partido. Acontece que várias doações feitas a Wilson caíram na conta da legenda e foram repassadas ao comitê do candidato sem a devida contabilização da campanha.

A retificação deve ser feita nesta semana. Mesmo assim, o total de gastos na reeleição do prefeito Wilson Santos é bem menor que o investido pelo candidato derrotado no segundo turno em Cuiabá, empresário Mauro Mendes (PR), que informou à Justiça gastos na ordem de R$ 6,2 milhões.

Entre os doadores do Comitê Financeiro do PSDB aparecem vários tucanos ligados a Wilson. Empreiteiros como Mário Cardi também, além de diversas construtoras, escritórios de advocacia e empresas privadas.

A prestação de contas vai ser analisada até o dia 10 pela Justiça Eleitoral, já que os candidatos eleitos terão que ser diplomados até o dia 18 de dezembro. Quem tiver as contas reprovadas ou não apresentar as informações necessárias, corre o risco de não receber o recibo de quitação eleitoral e não poderá renovar CPF, tirar passaporte ou se candidatar enquanto irregularidade persistir.

Até o momento, 10 dos 19 vereadores eleitos por Cuiabá apresentaram problemas nas prestações de contas da campanha e correm o risco de não ser diplomados. Irregularidades foram detectadas em auditorias preliminares, mas ainda serão julgadas pelo juiz da 39ª zona eleitoral, Luiz Carlos da Costa.

Dependendo da irregularidade na prestação de contas, o problema pode ensejar a proibição da diplomação ou a posterior cassação do mesmo. As irregularidades formais podem acarretar na ausência de quitação eleitoral.

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