Eleitoralmente, o senador Wellington Fagundes (PR) pode ter saído fortalecido da disputa ao governo de Mato Grosso. Mesmo terminando a disputa em segundo lugar, com 280 votos, ele bateu o governador Pedro Taques (PSDB) e se posiciona como forte postulante para as próximas disputas. No entanto, financeiramente a campanha não foi boa para o republicano, que até o dia 10 deste mês, declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter investido R$ 2,6 milhões do seu próprio patrimônio, que no início do pleito era de R$ 8,9 milhões.
De acordo com o TSE, Fagundes gastou R$ 4.442 milhões na campanha, sendo a maior parte com produção de propaganda eleitoral, consultoria e pesquisas. Até o dia 10, o senador declarou ter arrecadado R$ 4.262 milhões e disse ter pagado R$ 3.196 milhões aos seus fornecedores. O déficit entre arrecadação e contratação é de R$ 180 mil.
Depois dos R$ 2,6 milhões de autofinanciamento, o segundo maior doador da campanha de Fagundes é o Partido da República, com R$ 1,6 milhões de repasse do fundo partidário. As doações se completam com R$ 50 mil do empresário Rubens Ometo Silveira de Mello, presidente da Cosan, que se consolidou como maior doador desta campanha, distribuindo, estrategicamente, R$ 7 milhões para 62 candidatos em todo o país. Além de Fagundes, Taques e o deputado Nilson Leitão (PSDB) também receberam dinheiro do empresário.
Apesar de ter ficado R$ 2,6 milhões mais “pobre”, Fagundes não precisou se desfazer de bens durante a campanha. Ele declarou á justiça eleitoral possuir R$ 2,8 milhões em seis aplicações financeiras, o que ainda dá uma margem de R$ 200 mil para pagar o déficit de R$ 180 mil nas contas, que ainda não estão fechadas.