A bancada federal de Mato Grosso, formada por deputados federais e senadores, se reuniu, esta tarde, no Palácio Paiaguás, em Cuiabá, com o governador Pedro Taques (PDT). O principal assunto discutido foi o auxílio dos parlamentares na liberação de R$ 1,1 bilhão por parte do governo federal para Mato Grosso, sendo R$ 400 milhões do Fomento das Exportações (FEX) e outros R$ 720 milhões para investimentos em recuperação de pontes e estradas.
Segundo Taques, os parlamentares se colocaram à disposição para trabalhar pelo Estado. O governador disse que todos os parlamentares sempre defenderam o interesse de Mato Grosso nas mais variadas pautas. “A primeira delas é a cobrança junto ao governo federal do FEX, que para Mato Grosso é imprescindível. Porque nós contribuímos muito com a União. A questão de logística também, o trabalho da bancada de Mato Grosso para que o Estado possa resolver, de uma vez por todas, os problemas de logística. Foi debatido um terceiro ponto que é a necessidade da União, através da presidente da República, regulamente a lei aprovada que muda o indexador da dívida dos Estados e dos municípios”.
Taques destaca que, somente do FEX, Mato Grosso tem cerca de R$ 400 milhões para receber, desse total, mais de R$ 100 milhões serão divididos entre os 141 municípios do Estado. O governador avalia que os recursos são fundamentais, levando em consideração a crise financeira que atinge o país e afeta as contas públicas. “Mato Grosso ajuda muito o Brasil e o nosso país precisa ajudar mais o nosso Estado”.
O governador também aproveitou a reunião para pleitear suporte dos deputados federais e senadores na continuidade da obra de construção do Hospital Júlio Muller, em Cuiabá, e a intervenção junto ao Ministério dos Transportes na obtenção de recursos para investimentos nas rodovias de Mato Grosso. Além do apoio ao projeto de lei que permite a aplicação da renegociação de índice de correção das dívidas estaduais com a União independentemente de regulamentação. A matéria foi aprovada pela Câmara dos Deputados e ainda será analisada pelo Senado.
O líder da bancada no Congresso Nacional, deputado Ezequiel Fonseca, afirma que os deputados e senadores trabalham com afinco em Brasília para que o governo faça os pagamentos devidos ao Estado. “Ainda não há uma sinalização certa, mas existe a possibilidade do pagamento ocorrer no segundo semestre deste ano”.
A mesma avaliação foi feita pelo senador Blairo Maggi. Ele acredita que a liberação dos recursos estejam atrelados à aprovação do pacote de medidas econômicas que tramitam no Congresso e que devem fazer o país ter um superávit de mais de 1% do produto interno bruto (PIB) neste ano.