Uma comissão de produtores sinopenses acabarou de se reunir com o presidente da Câmara de Sinop, vereador José Pedro Serafini, e as vereadoras Cleuza Navarini e Sinéia Abreu, para pedir apoio na disputa judicial de 142 mil hectares de terras, localizados na região de Sinop e parte das áreas é localizada também no município de Claudia. A área está sendo requerida por um empresário em São Paulo que se diz real dono das propriedades. Alguns dos empresários e fazendeiros estão nestas terras entre 15 e 20 anos.
O presidente destacou que o Legislativo vai tentar marcar audiências com o governador Blairo Maggi, com a presidente da Assembléia Legislativa, Silval Barbosa e com o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Jurandir de Lima para discutir a solução. “Esta situação está na eminência de se transformar em tragédia e numa convulsão social e pode ocorrer inclusive morte por parte daqueles que querem entrar ou dos proprietários que tem que sair”, declarou o presidente do Legislativo.
Ele também afirmou que as pessoas envolvidas estão há anos nas áreas e não podem ser retiradas desta maneira. “Estamos indignados pela maneira como esses procedimentos vem ocorrendo. São pessoas que estão há mais de 30 anos nessas propriedades e, de repente, por uma decisão liminar do Judiciário, têm que imedidatamente sair da propriedade e da estrutura que construiram ao longo de suas vidas”, declarou.
O presidente da associação dos produtores, Jeferson Dorneles Rodrigues, relatou que a situação é gravíssima e vai atingir uma média de 300 propriedades. “Esperamos com isso e que, através dos vereadores, consigamos alcançar o Estado, e que o governador esteja a par da situação, além do Poder Judiciário”, acrescentou.
Esta semana, o advogado Milton Miró Vernalha Filho, que representa o empresário Oscar Hermínio, que concedeu a liminar para ficar com as terras, concedeu entrevista e informou que estão dispostos a negociar com os produtores que estão atualmente nas áreas. Mas os agricultores alegam irregularidades na documentação apresentada pelo empresário e tentam encontrar saídas para permanecerem nas fazendas, já que também possuem documentos que comprovam a posse.