Os vereadores de Cuiabá formularam um manifesto atestando o atraso nas obras de duplicação em diversos trechos da BR 163/364, da divisa entre Mato Grosso do Sul até Sinop. O documento tem o objetivo de evitar a cobrança de pedágio na rodovia federal mato-grossense.
O documento está endereçado ao ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues. Para os vereadores, esta cobrança irá gerar grande insatisfação por parte dos usuários, uma vez que ainda não tem a disposição uma rodovia segura e moderna.
Além disso, irá causar impacto financeiro, principalmente aos transportadores e caminhoneiros que utilizam a via diariamente. “Diversos trechos estão com obras atrasas e alguns até paralisadas. Não se pode cobrar do usuário por algo que está inacabado. Esperamos que o ministro se sensibilize com a nossa causa e suspenda o pagamento deste pedágio”, argumenta o presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Júlio Pinheiro (PTB).
O início da cobrança do pedágio por parte da Rota do Oeste está prevista para domingo (6). A tarifa deve variar entre R$ 19,80 e R$ 36,60 para caminhões. Na visão do Parlamento Cuiabano, o pedágio só deve ser implantado após a conclusão de todas as obras previstas. “Desta forma, o usuário poderá reconhecer o trabalho e empenho do governo federal. Além do mais, a sua manutenção seria uma boa razão para o pagamento”.
Outro lado – a concessionária Rota do Oeste informa que, além de ter a legitimidade para iniciar a cobrança de tarifa de pedágio, conquistou este direito realizando mais exigências do que exige o Contrato de Concessão. Isso significa, por exemplo, que estamos próximos de entregar 70 quilômetros de rodovia duplicada no Sul do Estado, o que pelo contrato só seria exigido em março de 2016. Até lá, inclusive, pretendemos ter finalizado toda a duplicação do trecho sul, um total de 120 km, e ter iniciado a transferência de nossos canteiros de obras para o norte de Mato Grosso. Antes do início da arrecadação a Rota do Oeste já aportou cerca de R$ 1 bilhão na BR-163, o que reafirma o compromisso da Concessionária em entregar o mais rápido possível as melhorias aos motoristas, garantindo assim sua segurança e conforto ao cruzar o Estado.
É preciso entender que o modelo de concessões rodoviárias consiste justamente em realizar as obras de infraestrutura necessárias utilizando a tarifa paga por quem de fato utiliza a rodovia, um modelo justo. Os usuários da rodovia reconhecem a transformação pela qual ela já passou em tão pouco tempo, como por exemplo a revitalização da Rodovia dos Imigrantes, a duplicação de 66 km entre a divisa com o Mato Grosso do Sul e o município de Rondonópolis, a recuperação do pavimento de todos os 453 km sob sua responsabilidade, a total reformulação na sinalização e roçada completa do entorno da rodovia.
Recentemente a Concessionária recebeu da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) a missão de recuperar também o trecho de 108 km entre Cuiabá e Rosário Oeste e imediatamente iniciou uma força-tarefa de recuperação emergencial. Em seguida será feita a recuperação especial do trecho para deixá-lo nos padrões de qualidade dos demais administrados pela rodovia. Somente com a arrecadação da tarifa do pedágio é que será possível seguir neste ritmo acelerado de investimentos.
Diante de todas as melhorias já realizadas e as que estão por fazer, a Rota do Oeste acredita que os usuários terão economia real significativa com tempo de viagem, gasto de combustível e, principalmente, manutenção dos veículos. Economia que, segundo apontam institutos de pesquisas, serão maiores do que os gastos com o pedágio. O principal benefício, no entanto, será a preservação da vida ao longo da BR-163. Entre setembro de 2014, quando a Rota do Oeste iniciou os serviços de atendimento ao usuário, e agosto de 2015, o número de mortes na rodovia reduziu 13%.
(Atualizada às 17h10)