quinta-feira, 19/setembro/2024
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Vereadores criticam retirada de apostilas das séries iniciais em Sorriso

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A extinção do método apostilado Positivo para alunos que estudam até a quarta-série em escolas municipais foi criticada pelos vereadores durante a sessão desta segunda-feira. A medida adotada pela prefeitura de substituir as apostilas pelo tradicional livro didático do MEC atinge cerca de seis mil alunos. A vereadora professora Marisa Netto (PSB), que em 2006 era secretária de Educação e participou do processo de implantação do projeto Aprende Sorriso, que prevê o uso das apostilas, lamentou a decisão tomada pelo prefeito Chicão Bedin. “Fico triste em saber que nossas crianças estão sendo prejudicadas. Tenho recebido em meu gabinete muitos pais reclamando que não há livros suficientes, mas não podemos fazer nada”, disse.

Conforme a parlamentar, os números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), indicador que mede a qualidade da educação, apontarão se a educação em Sorriso ficará melhor ou pior sem o método apostilado. “Vamos esperar para fazer um comparativo”. O presidente da câmara, Chagas Abrantes (PR) concordou com a vereadora e acrescentou que a adoção do projeto Aprende Brasil foi para oportunizar ao filho do trabalhador humilde um aprendizado semelhante ao oferecido pelas escolas particulares. “Infelizmente, essa prioridade não foi levada em conta pelo Executivo”.

Na opinião do vereador Leocir Faccio (PDT), a educação oferecida pela rede municipal vive um retrocesso. “Quais foram os técnicos que o atual prefeito consultou para dizer que as apostilas só servem para alunos de 5ª à 8ª série? Porque qualquer educador diria que uma boa educação começa na base, ou seja, nas séries iniciais”, enfatizou.
Faccio também não acredita que futuramente os atuais índices do Ideb sejam superados. Já o vereador Luis Fabio Marchioro (PDT) classificou a decisão do prefeito de contraditória. “Onde está a coerência? A apostila presta ou não presta?”, questionou.

Marchioro criticou ainda o fato de os pais não terem sido ouvidos. “Pelo menos 80% deles eram a favor da continuidade do método”, informou. Finalizou dizendo que a retirada total das apostilas é uma questão de tempo. “Não vamos mais aceitar desculpas. Sabemos que quando chegar o fim do ano eles vão abolir tudo só porque foi uma iniciativa do ex-prefeito Rossato e da vereadora Marisa”.

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