Devido ao caos na saúde pública, o prefeito Mauro Mendes (PSB) e o secretário municipal de Saúde, Werley Peres, podem enfrentar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Isso porque o vereador e presidente da Comissão da Saúde da Câmara, Ricardo Saad (PSDB), ao afirmar que a situação chegou a um ponto crítico, passou a considerar como necessária uma investigação.
Uma eventual comissão pode gerar nova crise entre Mendes e a base governista, pois Saad afirmou que já conta com seis vereadores que o apoiam para a abertura da CPI. Conforme o Regimento Interno, são necessárias nove assinaturas para a abertura da comissão.
Uma reunião que durou quase duas horas, no gabinete da presidência, atrasou até o início da sessão ordinária de hoje. Alguns vereadores adotam a cautela ao falar sobre o assunto, mas Saad garante que o apoio dos seis foi obtido rapidamente. “Conversei com seis vereadores, em menos de dez minutos e esses já concordaram. Todo mundo, incluindo a base, está vendo que a Saúde está ruim. Não tem médico, não tem remédio. Vamos abrir a Saúde, vamos instalar uma CPI e apurar, pois temos informações conflitantes vindas do secretário com relação às denúncias".
Durante a sessão, a vereadora Lueci Ramos (PSDB), da base do prefeito, usou a tribuna e destacou que depois que o ex-secretário Kamil Fares (PDT) deixou a pasta a situação piorou. Contudo, a parlamentar acredita que é precipitada a abertura de uma CPI, neste momento. Ela ponderou que é necessária a realização de uma audiência pública, com o secretário Werley para que ele explique o que acontece dentro da secretaria.
Saad ressaltou que a principal queixa recebida por ele está relacionada com a falta de medicamentos. “Não aceitamos mais a justificativa que tudo é burocracia. Já tem um ano e meio quase de governo e o prefeito ainda não conseguiu arrumar a Saúde, não consegue nem sequer comprar remédio. Temos que saber se é falta de repasse do governo, ou o que é que causa todo este problema”.