A mais recente edição da Revista Veja, que começou a circular esta semana, critica a nomeação de Luiz Pagot para a presidência do DNIT. A reportagem classifica o mato-grossense, que começou a trabalhar esta semana após ser empossado por Lula, de “funcionário fantasma” e critica o consórcio para pavimentar rodovias. Eis a íntegra da notícia publicada em Veja:
“O Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), responsável pelas estradas federais, tem um novo comandante. Na semana passada, depois de cinco meses de análise, o Senado aprovou a nomeação de Luiz Antonio Pagot para dirigir a autarquia. Ex-secretário de Mato Grosso na gestão de Blairo Maggi, seu padrinho político, ele também ocupou postos de comando nas empresas do governador, um dos maiores produtores de soja do mundo. Pagot é um administrador versátil, capaz de executar múltiplas atividades simultaneamente. Durante sete anos, ele morou no Rio de Janeiro, foi superintendente de uma empresa de Maggi no Amazonas e dava expediente no Senado em Brasília. Não dava. Pagot era mesmo um funcionário-fantasma. Recebia sem trabalhar. Ele agora vai administrar um orçamento de 10 bilhões de reais em investimentos.
Os senadores demoraram para aprovar o nome de Pagot porque temiam o desgaste de chancelar a indicação de alguém com, digamos assim, um pequeno problema de biografia. Depois do caso Renan Calheiros, muitos se sentiram à vontade. O Dnit precisa de alguém do ramo. Uma fiscalização do Tribunal de Contas da União do ano passado constatou que apenas 7,9% das obras vistoriadas não apresentam irregularidades. Quando foi secretário de Infra-Estrutura de Mato Grosso, Pagot implementou um controvertido programa de pavimentação de rodovias, numa inovadora experiência de parceria entre o governo e a iniciativa privada. O asfalto realmente apareceu, mas somente nas áreas de interesse dos produtores de soja, familiares e amigos do governador”.