O prefeito Kalil Baracat disse, hoje, ao assinar manifesto de apoio para ampliar o Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Cuiabá, que além de universalizar o abastecimento de água tratada em Várzea Grande com a implantação de novas Estações de Tratamento de Água (ETA) são executadas obras de Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), que vão dobrar o esgotamento tratado da cidade. “Temos feito políticas públicas de saneamento com o intuito de preservar o Rio Cuiabá. Atualmente entre 29% e 30% do esgoto é tratado em Várzea Grande e queremos ultrapassar mais de 65% e se possível superar os 70%. Isso é o que está sendo executado, o cronograma da obra está em dias”. “São investimentos em torno de R$ 90 milhões, sendo ao menos R$ 15 milhões da Fonte 100 (recursos próprios), em esgotamento sanitário. Eu coloco para funcionar um reator dessa ETE em julho deste ano, e até o final do meu mandato a estação operará 100%”, afirmou o prefeito.
Kalil acrescentou que entregou a “Estação de Tratamento de Água no Cristo Rei de 320 litros por segundo ou R$ 27,6 milhões de litros/dia. Está em construção outras duas Estações de Tratamento, uma na região da Barra do Pari/Chapéu do Sol e outra na Rodovia Imigrantes. Então, serviremos a cidade com três novas estações de tratamento de água, dobrando assim a capacidade de abastecimento na cidade de Várzea Grande. Água não será o problema. No entanto, os investimentos não podem parar, pois teremos que ampliar a rede de abastecimento, e, temos buscado parcerias, com o Governo Federal, com a bancada do Estado em Brasília, para trazer essa nova realidade de saneamento básico para a cidade”, declarou.
O deputado estadual Wilson Santos, autor do projeto Expedição Fluvial no Rio Cuiabá da Assembleia Legislativa e coordenou o movimento do manifesto, avaliou que a adesão de Várzea Grande ao Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Cuiabá e ampliação do mesmo para demais municípios da margem direita do Rio Cuiabá “fortalece o trabalho do Comitê que deve entregar em breve um diagnóstico jamais feito, extremamente profundo da realidade do Rio Cuiabá. O comitê já é composto por sete municípios, porém todos da margem esquerda do Rio Cuiabá. Com a adesão de Várzea Grande os trabalhos também virão para a margem direita do rio, aumentam as tarefas do Comitê, mas também fortalecendo o grupo de trabalho”.
Wilson também apontou os principais impactos ambientais visíveis no rio e ações emergenciais que precisam ser realizadas. “Temos mais de 20 dragas atuando nessa região, mas o principal problema são as não ligações domiciliares do esgoto produzido das residências de Cuiabá e Várzea Grande às redes coletoras de esgoto e que vão diretamente para os córregos e acabam no Rio Cuiabá. Se não tivermos ações emergenciais afirmo: não temos na baixada cuiabana um aquífero que possa garantir água para as futuras gerações. Ou nós cuidamos ou cuidamos das águas superficiais”, alertou o parlamentar que cobrou cronograma físico-financeiro para o esgotamento sanitário das duas cidades e que vai “atacar também a questão do lixo”.
A promotora do Meio Ambiente de Várzea Grande e do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Cuiabá, Michelle Villela, avaliou que a adesão de Várzea Grande ao comitê “é fundamental pois é um município que integra essa bacia hidrográfica. Com cadeira no comitê, de forma democrática vai participar das decisões que influenciam a todos. É importante ter voz, defender os interesses do município e colaborar com melhorias da qualidade do Rio Cuiabá e de sua preservação para as gerações futuras”, declarou, através da assessoria.