O deputado federal licenciado Valtenir Pereira (PSB) voltou a atuar como defensor público em Mato Grosso. No final de julho, prestes a ocorrer a votação na Câmara Federal da denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer (PMDB) por corrupção passiva, ele pediu licença de 4 meses alegando motivos pessoais.
Em seguida, enviou um ofício ao defensor-público geral, Sílvio Jeferson de Santana, se colocando à disposição do órgão para reassumir as atividades pelo período de 112 dias, a partir de 15 de julho.
O pedido foi acatado pelo chefe da Defensoria Pública e o parlamentar foi designado para atuar no Núcleo Cível da Defensoria de Segunda Instância. Ou seja, irá representar a Defensoria Pública do Estado perante a Turma Recursal do Juizado Especial e nas Turmas de Câmaras Reunidas Cíveis de Direito Público, Tribunal Pleno, Conselho da Magistratura e Presidência da Justiça estadual.
Apesar do retorno ao órgão em que é servidor de carreira, Valtenir Pereira está dispensado do atendimento ao público.
A portaria em que consta a designação foi publicada no Diário Oficial do Estado no dia 28 de julho e nela o defensor-geral define que o efeito passou a valer a partir de 24 de julho.
Durante o período em que não exerce o cargo de deputado federal, Valtenir deixa de receber o salário bruto de R$ 33 mil acrescidos de diversos auxílios para receber o salário líquido de cerca de R$ 20 mil.
Enquanto isso, quem assumiu a vaga do socialista em Brasília foi o 3º suplente Rogério Silva (PMDB), advogado em Tangará da Serra, que votou contra o prosseguimento da denúncia contra Temer.
À época, Valtenir foi criticado por membros do PSB, partido ao qual ele voltou recentemente como presidente estadual e em meio a conflitos internos com as demais lideranças, que o acusaram de ter feito manobra política para não prejudicar sua imagem junto ao PMDB, partido do qual ele saiu, e nem com o PSB, legenda para onde ele voltou e que mantém postura de oposição ao governo federal.