As duas vagas destinadas para a oposição em uma possível chapa encabeçada pelos deputados Eduardo Botelho (PSB) e Guilherme Maluf (PSDB), para a disputa da mesa diretora da Assembleia Legislativa não agradaram parte da oposição. A avaliação é do deputado Silvano Amaral (PMDB). “Queremos uma participação mais pluripartidária. O que está sendo oferecido é segundo vice ou segunda secretaria. Tem que ser, pelo menos, primeiro vice ou primeira secretaria”, afirmou, ao Só Notícias.
Segundo o parlamentar, a oposição deve apresentar uma chapa alternativa, encabeçada possivelmente pelo deputado Zeca Viana (PDT). “Não fizemos nenhuma reunião para compor com a outra chapa. O que estamos articulando é outra chapa, pois esta de consenso tem obediência ao governo. O secretário foi indicado pelo governador. Isso é péssimo para a democracia. Amanhã vamos reunir novamente para definir a composição”.
Até o momento, a chapa “alternativa” teria o apoio de sete deputados. Botelho, por outro lado, aponta que a chapa encabeçada por ele conta com o aval de 14 deputados. A composição da mesa, segundo ele, até agora, tem Maluf como candidato a 1º secretário. A indicação do 1º vice-presidente ficará sob responsabilidade do PSD, que tem seis deputados no Parlamento. Os demais lugares ainda serão discutidos e a intenção seria destinar duas vagas para a oposição.
A chapa de consenso, que começou a ser formada após a saída de Emanuel Pinheiro (PMDB) para concorrer à prefeitura de Cuiabá, deverá ter o apoio do governador Pedro Taques (PSDB). Nos bastidores, o tucano trabalhou por essa reaproximação. Em cerimônia realizada em Várzea Grande, o gestor chegou a dizer que Botelho "teria cara de presidente da Assembleia Legislativa".
Taques afirma que a defesa da aliança não significa interferência no Legislativo. Segundo o tucano, o respeito à independência dos poderes é “fundamental para a harmonia de uma administração”.