O posto de atendimento itinerante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Telefonia Móvel esteve em Juína, ontem, colhendo informações sobre os serviços prestados pelas operadoras de telefonia celular à população. A maior parte da reclamação dos usuários está relacionada à ausência do sinal, e na dificuldade de completar uma ligação. A deficiência na prestação dos serviços pelas operadoras tem refletido no comercio local, como é o caso da comerciante Glaucia Farias Silva, que relatou que a falta de sinal dificulta a venda na loja.
“Adquirimos uma máquina de cartão de crédito com chip com objetivo de tornar o atendimento mais ágil, entretanto, tem dia que não conseguimos concluir a venda por falta do sinal”. A comerciante lembrou ainda que o município nos últimos dias tem sofrido com a oscilação do sinal. Já o moto-taxista, Izaque Alves do Nascimento que está há 13 anos na função afirma que nos últimos dois anos o problema se agravou no município.
“Várias vezes deixamos de fazer uma corrida pela falta de comunicação. O cliente não consegue fazer uma ligação, e isso prejudica a nossa arrecadação. Outro problema é os descontos dos créditos que desaparecem sem o uso frequente”.
De acordo com a coordenadora local do Procon, Janete Spessato Vargas, as queixas mais comuns no órgão são quanto a cobrança indevida e os descontos de créditos. “O consumidor faz uma recarga hoje no valor de dezoito reais e quando faz a consulta de créditos geralmente, a operadora informa que os créditos estão abaixo do valor”, explica Janete.
O vereador Daniel Ebenézer (PTB), que registrou sua queixa, destacou a importância do trabalho da Assembleia em ouvir a população e buscar uma solução para o problema da telefonia móvel que não atinge somente Juína, mas sim, todo o Estado. A CPI recebeu cerca de 250 reclamações, a maioria da operadora Vivo.