O produtor rural mato-grossense Eraí Maggi (PP) é apontado como o principal responsável pela não indicação do senador Magno Malta (PR-ES) para o ministério do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) que não teria gostado do fato de Malta ter utilizado o jatinho de empresário durante a campanha, na tentativa de “aproximar Eraí Maggi da campanha do PSL e, até mesmo, usar sua proximidade para defender nomes que poderiam compor um eventual governo”. A informação é do jornal Estado de São Paulo.
Ainda de acordo com a reportagem, a disponibilidade do jatinho seria para aproximar os ruralistas mato-grossenses da campanha de Jair Bolsonaro. A tentativa de proximidade também teria objetivos políticos, como a manutenção de um nome mato-grossense para ocupar o ministério da Agricultura, ocupado por Blairo Maggi (PP), primo de Eraí.
O nome do deputado federal Adilton Sachetti (PRB) também chegou a ser cogitado no governo Bolsonaro. Porém, o presidente eleito decidiu indicar a deputada federal Tereza Cristina (DEM/MS).
Sobre o uso do jatinho, Malta disse ao Estadão “que não participou da negociação, contratação e pagamento de aeronave”. Segundo a assessoria, a aeronave foi contratada pelo Podemos de Mato Grosso, conforme consta em outro trecho da matéria.
Atualmente, o Podemos é presidido pelo senador e deputado federal eleito, José Medeiros (Pode) que até o momento não se posicionou sobre o assunto.
Magno Malta, que foi um dos primeiros a apoiar Bolsonaro, intensificar campanha no Nordeste e articular apoio de evangélicos, também teve resistência de outros aliados próximos a Bolsonaro para que assumisse um ministério. O vice-presidente eleito, general Mourão, chegou a declarar que ele era um ‘elefante na sala’. O presidente eleito sinalizou que Malta pode assumir cargo no governo, mas não de ministro. Magno está concluindo mandato de senador pelo Espírito Santo e é um dos amigos mais próximos do senador mato-grossense Jose Medeiros.