As universidades federais de Mato Grosso e Santa Catarina serão parceiras na elaboração dos estudos de impactos ambientais e o Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (EIA-Rima) e do projeto básico do trecho da Ferrovia Senador Vicente Vuolo – Ferronorte, entre Rondonópolis e Cuiabá. O acordo foi selado na reunião em Brasília (DF), nesta sexta-feira (26.08), entre o Governo de Mato Grosso, Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT) e representantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
O secretário-extraordinário de Estado de Acompanhamento de Logística de Transportes (Selit), Francisco Vuolo, que participou da reunião em nome do Governo de Mato Grosso, disse que foi dado um importante passo para a Ferrovia Vicente Vuolo chegar até Cuiabá. O próximo passo será dado numa segunda reunião que vai acontecer em Cuiabá, quando serão definidos a responsabilidade de cada universidade.
Essas duas universidades, cada uma tem uma expertise. A de Mato Grosso tem uma especialidade na área ambiental enquanto a Federal de Santa Catarina tem experiência na área elaboração de projetos ferroviários. Participaram da reunião o presidente da ANTT, Bernardo Figueiredo, o superintendente de Serviços de Transportes de Cargas (Sucar), Noburo Ofugi, os professores Fernando Régis e Roberto Vaz e Amir Mattar Valente, diretor do Laboratório de Logística da UFSC, e o professor Miguel Arruda, da UFMT.
Na reunião de Cuiabá, com a definição de responsabilidade de cada uma das universidades, além do projeto EIA-Rima, deverá definir a elaboração do projeto básico com a definição do traçado de Rondonopolis até Cuiabá; bem como iniciar os estudos de viabilidade da Ferrovia Cuiabá-Santarém.
A definição da parceria com essas duas importantes universidades, além de garantir o prazo de 18 meses acordado entre a ANTT e o Governo do Estado, assinado durante a realização do seminário "Desenvolvimento e Ferrovias – Centro-Oeste", em junho. Depois de cumpridos esses passos vai entrar o segundo momento de se definir o modelo de concessão que será adotado. Se a construção será feita pela Valec ou por meio de uma parceria público privada (PPP).
A parceria entre as duas universidades, além dos projetos, poderá ser ampliada na implantação de cursos para formar e capacitar recursos humanos para atender essa demanda na administração e operacionalização das ferrovias em Mato Grosso. Essa preocupação com a demanda por mão de obra especializada já está na pauta, com o início de troca de experiência entre as duas instituições.
O avanço da ferrovia, lembra Vuolo, demonstra que o governador Silval Barbosa ao criar a pasta Selit, colocou a questão da logística como prioridade e o Estado está no caminho da integração, dando sustentação para os investimentos e garantir qualidade e segurança no escoamento da produção.