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TSE garante segurança em sistema contra fraudes

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Em dia de eleição, o Tribunal Superior Eleitoral registra mais de 400 mil tentativas de ataques virtuais para alterar ou fraudar algum dado da Justiça Eleitoral. O número poderia ser assustador se não houvesse um sistema totalmente imune a esses ataques para a realização das eleições. Mas a Justiça Eleitoral trabalha com uma rede privativa, desligada da internet, que permite o tráfego de dados sem nenhuma interferência externa, o que garante a segurança das informações eleitorais.

No lugar do site do TSE, por exemplo, é publicada uma página “falsa”, que espelha boletins atualizados sobre as eleições. “O sistema é isolado da rede mundial de computadores e a medida dessas tentativas de ataques é feita por meio do site que fica só divulgando resultados”, esclarece o secretário de tecnologia da informação do TSE, Giuseppe Janino.

As urnas eletrônicas também estão imunes aos ataques virtuais. Elas não tem nenhuma conexão com a internet e são lacradas fisicamente para que o acesso aos dados do disquete só sejam feitos com chaves codificadas.

O processo de informatização das eleições começou em 1996, quando foram realizadas as primeiras eleições com o voto eletrônico. “Migramos de um processo manual, com alta interferência humana, para um processo automatizado, onde se reduziu a interferência humana e, portanto, a possibilidade de fraude”, conta Janino.

Hoje a informatização das eleições ainda está em evolução, com a possibilidade de implantação do sistema de identificação biométrico do eleitor. Com o novo sistema, os eleitores terão seus dados pessoais, as impressões digitais e a fotografia lançadas em um cadastro, que será o maior do mundo em número de pessoas registradas biometricamente. A previsão é de que em dez anos, a totalidade do eleitorado esteja catalogado por esse método.

O secretário de tecnologia da informação do TSE explica que o novo sistema é um grande marco para a Justiça Eleitoral. “Com a identificação biométrica, tiramos essa competência do mesário e passamos ao eleitor. Passa a ser o eleitor quem libera a urna para votar. Com isso, o novo sistema praticamente garante que a pessoa que está ali se identificando é a mesma que vota”, explica Janino.

Os novos modelos de urna possuem um scanner para identificação dos eleitores pelas digitais e custa aproximadamente 800 dólares. A partir deste ano, todas as urnas vêm com o sistema operacional Linux, que é de código aberto. Até a última eleição, o TSE utilizava sistemas proprietários, que são pagos. Para a alteração, são apontadas três vantagens: a gratuidade do Linux, a transparência do código aberto, que facilita auditorias, e, por fim, a robustez do sistema, que garante segurança dos dados das eleições.

Com a evolução tecnológica, as urnas utilizadas em 1996 não atendem mais às necessidades de segurança e à evolução dos softwares. Por isso, em março passado, o TSE decidiu fazer o descarte ecologicamente correto das urnas eletrônicas modelo 1996 e de materiais utilizados em eleições anteriores que não são mais úteis à Justiça Eleitoral. Em decisão pioneira no serviço público, o Tribunal vai se desfazer do chamado “lixo tecnológico” que inclui quase um milhão de disquetes e 60 mil urnas.

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