PUBLICIDADE

TSE diz que candidatos com contas irregulares só são culpados depois de julgamento

PUBLICIDADE

Os 3.178 administradores públicos, que tiveram suas contas consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU), e que poderão vir a se candidatar às próximas eleições, não são considerados culpados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porque ainda não foram julgados. Foi o que afirmou hoje, o ministro do TSE e corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Ari Pargendler. Ele participou da 20ª Reunião do Colégio de Corregedores da Justiça Eleitoral, realizada hoje em São Paulo, para discutir temas ligados à eleição de 5 de outubro.

Segundo o ministro, as pessoas culpadas são aquelas que são condenadas depois de um processo regular e neste caso a situação é outra, porque trata-se de pessoas sujeitas a processos, que podem ser considerados procedentes ou não, portanto são pessoas que ainda aguardam um pronunciamento a respeito de sua conduta. “Não são pessoas culpadas antes do processo terminar. O que existe são processos pendentes e isso é um valor básico da nossa civilização de quem ninguém pode ser considerado culpado antes de que o processo termine”, disse.

Na avaliação de Pargendler, mesmo que haja morosidade no andamento dos processos, nenhum juiz pode determinar antecipadamente pena de um réu, mesmo que outros órgãos determinem e demonstrem que há sinais de improbidade administrativa dos candidatos. “Ninguém é culpado seja em processo administrativo, seja em judicial, sem que haja o trânsito em julgado. Não havendo trânsito em julgado eu não posso impor a ilegibilidade. É uma questão de lei”, esclareceu o ministro.

Pargendler ressaltou que qualquer processo de registro contra qualquer candidato é público e não há nenhuma resistência com relação à divulgação desses nomes na internet, desde que haja condições para isso. Ele lembrou que qualquer eleitor pode ir aos cartórios eleitorais e pedir para ver um processo de registro.

“Agora tenho a impressão de que se alguém colocar no jornal uma propagando eleitoral, com a intenção de prejudicar algum candidado, que esteja com um processo pendente, que isso pode causar um grande dano moral, que mais tarde a Justiça condene o responsável por essa divulgação a indenizar esse dano”, disse.

O presidente do Colégio de Corregedores da Justiça Eleitoral, Ari Jorge Moutinho da Costa, disse concordar com a divulgação dos antecedentes dos candidatos para que o leitor possa analisar criteriosamente qual serão seus representantes. “Se você tem a publicidade, você saberá direitinho qual a vida pregressa, o que aquele candidato tem contra ele ou não. Isso soma para a análise do próprio eleitor”, defendeu.

Para Moutinho, as eleições de 5 de outubro serão mais limpas e transparentes porque a ética e a moralidade serão marcantes nessa eleição. “Com certeza absoluta os tempos mudaram e hoje, não há como negar, haverá um rigor muito grande na análise da vida pregressa dos candidatos. Nós vamos ver aqueles que têm namoro com a criminalidade, serão afastados da vida pública”, disse ele.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE