O Tribunal Superior Eleitoral cassou, há pouco, por unanimidade o diploma eleitoral deputado federal Neri Geller (PP) por abuso de poder econômico nas eleições de 2018 e o tornou inelegível por 8 anos. Ele pode recorrer da decisão. “Estou dando provimento para desentranhar documentos ante a nulidade de sua juntada, e reconhecido o abuso de poder econômico, culminado com a prática de arrecadação de gastos ilícitos por parte de Neri Geller, impor lhe a cassação de diploma que lhe foi outorgado, bem como culminar com a sua inelegibilidade por 8 anos subsequentes ao pleito de 2018”, votou o ministro decidiu o ministro relator Mauro Luiz Campbell Marques.
Segundo o Ministério Público Federa, Geller fez doações na campanha, que totalizaram R$ 1,327 milhão em favor de 11 candidatos que concorreram a deputado estadual que, somadas aos próprios gastos de sua campanha, declarados de R$ 2,4 milhões, ultrapassariam o limite dos gastos de campanha estipulado em R$ 2,5 milhões.
A doação de R$ 1,3 milhão teria extrapolado o valor permitido para doação, que é 10% de seus rendimentos brutos. O montante ajudou a eleger os deputados Faissal Calil (Cidadania), Nininho (PSD), Wilson Santos (PSD) e Elizeu Nascimento (PL).
Em 2020, o Tribunal Regional Eleitoral em Mato Grosso decidiu, por 5 votos a 2, não cassar o diploma de Geller. Mas o Ministério Público recorreu ao TSE e a decisão de hoje foi pela cassação.
Mesmo com a decisão, Geller deve continuar exercendo mandato de deputado (que termina em fevereiro do próximo ano). O TRE de Mato Grosso deve julgar, nos próximos dias, seu pedido de registro de candidatura a senador.
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