As eleições municipais em Mato Grosso não deverão ter a presença de tropas federais no Estado. A Justiça Eleitoral, de acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), não identificou clima tenso em nenhuma localidade e, por isso, nenhum juiz eleitoral solicitou um reforço na segurança do pleito, que será realizada pela Polícia Militar (PM).
Até o momento, apenas alguns candidatos protocolaram pedido da presença de tropas federais, mas como não é da competência deles fazer a solicitação, mas sim dos juizes de cada zona eleitoral, o TRE não encaminhou nenhum pleito neste sentido para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Independente da Justiça Eleitoral não ter identificado clima tenso em nenhum município, observa-se, porém, pela peculiaridade de algumas localidades, uma disputa acirrada e agressiva em várias cidades, a começar por Várzea Grande. Lá o candidato do DEM, Júlio Campos, solicitou o reforço de tropas federais, enquanto o prefeito Murilo Domingos (PR), candidato a reeleição, reforço na segurança. Os dois se acusam mutuamente pela violência que estaria acontecendo na campanha no município.
Na cidade, há informações de que a campanha já provocou brigas e, em alguns casos, inclusive tiros de alerta. Ontem, por exemplo, o vereador Chico Curvo (DEM) foi espancado como também outros dois políticos do município.
Em entrevista A Gazeta, na semana passada, Júlio Campos acusou os partidários de Murilo Domingos estarem implantando um clima de terror na cidade, apontando como um dos responsáveis o empresário Toninho Domingos, irmão do prefeito. Já Domingos, também A Gazeta, acusou os Campos promoverem intimidação de cabos eleitorais, sob comando do deputado Gilmar Fabris (DEM), compadre de Júlio.
O clima tenso em Várzea Grande também pode ser verificado em Rondonópolis, na disputa entre o prefeito Adilton Sachetti (PR) e o deputado José Carlos Junqueira (PMDB), em Cáceres, no embate entre o prefeito Ricardo Henry (PP) e o ex-prefeito Túlio Fontes.