A Controladoria Geral do Estado (CGE) e o Tribunal de Contas do Estado vão realizar auditoria conjunta, de natureza operacional, na folha de pagamento do Governo de Mato Grosso. A finalidade é analisar o desempenho da política de administração de agentes públicos do Estado em relação às normas, à economicidade, ao alcance dos objetivos estratégicos e às melhores práticas de gestão de pessoas da administração pública.
Todas as etapas da auditoria serão desenvolvidas em conjunto, sendo desde a seleção do objeto, planejamento, execução e elaboração do relatório. O trabalho será desenvolvimento com base nas auditorias de conformidade (voltadas à avaliação do cumprimento dos requisitos legais) mais recentes realizadas pela CGE e pelo TCE na área de gestão de pessoas.
“O volume de recursos públicos a ser fiscalizado é grande, mas quando cada órgão de controle atua sozinho, não consegue ver tudo. Os órgãos de controle precisam unir forças e estar coordenados para evitar retrabalhos. Atuar em rede fortalece a serviço público”, destacou o secretário-controlador geral do Estado, Emerson Hideki Hayashida.
A partir do diagnóstico levantado, a auditoria se voltará também à proposição de medidas de aprimoramento da gestão da folha de pessoal, a maior despesa do orçamento estadual.
“A ideia é fazermos um trabalho mais macro e gerencial, e não somente analisar a conformidade de rubricas específicas, como nas últimas auditorias realizadas na gestão de pessoal”, ressaltou a superintendente de Auditoria Programada da CGE-MT, Leliane Santana.
O cronograma anual de auditoria da CGE já previa a realização de avaliação da eficiência e efetividade das despesas com pessoal do Poder Executivo. No mesmo sentido, o plano de trabalho do TCE.
Por isso, a equipe técnica do TCE submeteu proposta de atuação conjunta ao corpo deliberativo de gestão do Tribunal. “O colegiado aprovou a proposição, cuja ideia é que o trabalho tenha impacto social relevante”, comentou o secretário de Controle Externo de Atos de Pessoal do TCE-MT, Osiel Mendes de Oliveira.
A auditoria deve funcionar como piloto de atuação conjunta entre o TCE e a CGE. “Será uma iniciativa inédita, de valor público agregado, já que até hoje os dois órgãos não fizeram trabalho em conjunto, do planejamento à produção de relatório, embora já tenham compartilhado dados e informações”, ressaltou a secretária de Métodos e Desenvolvimento do Controle Externo do TCE, Mônica Acendino, por meio da assessoria.