Todos os presos na Operação Jurupari, investigados por supostos crimes ambientais, já foram soltos. O advogado Alexandre Pereira Gonçalves, que defendeu o secretário adjunto da prefeitura de Sinop Antonio Góis (liberado ontem à noite após ser concedido habeas corpus pelo Tribunal Regional Federal) disse, hoje, “que o mérito do habeas corpus deverá anular todo o processo e a investigação devido a usurpação de competência e distribuição direcionada ao magistrado que determinou as prisões considerando que viola o princípio do juiz natural. Alexandre, que atuou em conjunto com a advogada Carla Helena Grings, afirmou que “em momento algum” Góis praticou os crimes imputados pela Polícia Federal uma vez, que, não existe nos autos nada que indentifque sua ingerência apra aprovação de projetos irregulares. Há, apenas, citações que atendia pedidos de protocolos de documentos perante a Sema”.
Foram impetrados, no TRF, cerca de 40 habeas corpus por dezenas de advogados que apontam usurpação de competência, fundamentação genérica e falta de fundamentação. O desembargador Tourinho Neto, ao conceder os habeas corpus, requereu também explicações do juiz Julier da Silva, que autorizou as prisões. Ele quer saber por que constou, no despacho de prisões, a observação “Fazenda Bico do Garrafão e Fazenda Morada do Sol (Caso 30) – Marcos Zanchet ?? ( não me lembro direito. Se não tiver político, não precisa analisar. Ver apenas se era do Arcanjo)”.
Alexandre lembrou que apontou, este caso, para a imprensa, ainda na segunda-feira, destacando que haveria viéis político na operação. O magistrado negou, em entrevista a uma emissora de tv, que houve conotação política nas investigações que resultaram nas prisões de 65 pessoas.