Começaram desde a aprovação do nome do ex-secretário de Fazenda, Waldir Júlio Teis, ontem empossado em concorrida solenidade como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, juntamente com Humberto Bosaipo em cargo vitalício e com status de desembargador de Justiça as injunções a respeito de quem será o novo comandante das finanças públicas do Estado.
As apostas recaem em três nomes: a do presidente da MT Fomento, Éder Moraes, que conquistou uma importante aliada, a Assembléia Legislativa, onde passou a ser defendido pelo presidente e hoje governador em exercício, Sérgio Ricardo (PR), o do secretário de Saúde, Augustinho Moro, que pertence ao rol das amizades do governador Blairo Maggi, e ainda Marcel Cursi, secretário-adjunto de Receitas Públicas que inclusive nos últimos cinco anos foi quem respondeu pela Sefaz na ausência do titular e agora ficou de fora para evitar atropelos na indicação.
O secretário interino até janeiro é Edmilson José dos Santos, outro adjunto de Waldir Teis, demonstrando que o ex-secretário ainda detém trânsito e poder.
“O problema é que as coisas têm acontecido muito instantaneamente, provocando altos e baixos na possibilidade deste ou daquele nome ocupar o cargo da Sefaz”, disse um secretário, ponderando que às chances são do presidente da MT Fomento. Éder está à frente da renegociação das dívidas do Estado. A Secretaria do Tesouro Nacional já sinalizou positivamente à proposta do governo mato-grossense, apesar de um temor do projeto não vingar por causa da derrota do governo federal sobre a CPMF.
Augustinho Moro é uma indicação pessoal e de confiança e Marcel Souza de Cursi uma indicação técnica com recomendações inclusive de Brasília. De todo modo, o governador Blairo Maggi, que volta a despachar no Palácio Paiaguás na segunda-feira, só pretende fazer a mudança em janeiro.