O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso deve concluir, amanhã, o julgamento da denúncia por compra de votos, do Ministério Público Eleitoral contra o deputado federal Júlio Campos (DEM), por captação ilícita de sufrágio (compra de votos) e arrecadação ilícita de recursos de campanha (caixa dois). O processo que consta na pauta, inicialmente estava previsto para as duas últimas semanas, mas foi adiado devido ao pedido de vistas do juiz Samuel Franco Dália Júnior. O juiz relator, José Luís Blaszak, votou pela cassação do mandato.
A representação tramita desde 2010. Consta no processo que, na sede da empresa da qual ele é sócio majoritário, distribuía vales-compras e vales-abastecimento. Os autos destacam que os tíquetes eram distribuídos pelo filho do deputado, Júlio Domingos de Campos Neto, e trocados em um supermercado, em Várzea Grande, e em um posto de combustíveis, em Cuiabá.
Conforme Só Notícias informou, dois policiais federais foram até a sede da empresa, se passando por eleitores interessados nas doações do candidato, após receberem uma denúncia anônima. Depois, buscas foram realizadas com autorização judicial no escritório, no posto e no supermercado, aonde foram apreendidos vários documentos.
Outro lado
Na defesa, o deputado negou a ação e destacou ter sido demonstrado apenas que seu filho tinha relação comercial com o supermercado e posto de combustível. Destacou ainda que havia se afastado da administração e sua empresa.