O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) proibiu a entrada e permanência de crianças em todas as seções eleitorais de Mato Grosso em dia de eleição, exceto crianças de colo e de até um ano de idade. O objetivo é garantir o sigilo do voto.
A proibição não é recente. Na verdade, decorre da resolução nª 534 de 2004 e que continuará valendo para esse ano. A decisão levou em consideração o direito constitucional ao sigilo do voto, já que muitos candidatos que compram votos usam crianças para entrar nas cabines de votação e confirmar posteriormente o voto dado pelo eleitor.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu também em todo o país o uso de celulares, máquinas fotográficas e filmadoras nas cabines de votação. O material deve ser depositado em uma bandeja antes da pessoa votar. A medida foi aprovada na quarta-feira (1º), quando também foi autorizada a instalação de detectores de metais onde os juízes requisitarem.
Apesar de polêmicas, as medidas são defendidas pela maioria da população. As idéias começaram a ser discutidas a partir do risco de interferência das milícias no processo eleitoral.
O objetivo da Justiça é coibir a compra de votos e crimes que insistem em persistir nas eleições, como a boca-de-urna. Por isso, em Mato Grosso até o uso de camisas não vem sendo recomendado, já que o eleitor pode ter que se explicar sobre a origem do material, já que a distribuição é proibida. “A pessoa pode ser obrigada a informar onde adquiriu a camisa”, completa o presidente do TRE, desembargador Leônidas Duarte Monteiro.