Diferentemente do que foi divulgado por alguns órgãos de Imprensa nesta quarta-feira, o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE/MT) esclarece que não ocorreu nenhum furto de CPU ou urna eletrônica no município de Juína. O furto foi, na verdade, de um lote de cartões de memória (disquetes tipo flash-card) de urnas eletrônicas utilizadas no referendo do ano passado. O furto foi no dia 16 de maio e ocorreu em um caminhão dos Correios, que entre outras coisas transportava encomenda do Cartório Eleitoral de Juína para o TRE/MT.
“O prejuízo foi estritamente financeiro”, fez questão de afirmar o juiz Geraldo Fidélis, da 35ª Zona Eleitoral. “Esses cartões de memória estavam sendo devolvidos ao TRE/MT para serem formatados e usados na próxima eleição”, completou o magistrado.
O lote de flash-card foi postado no dia 15 de maio e somente ontem o Cartório Eleitoral tomou conhecimento do furto. “O TRE cobrou o envio dos cartões e, por conta disso, procuramos os Correios para saber do atraso na entrega da encomenda. Tomando conhecimento do furto, a exemplo da empresa, também fizemos o registro da ocorrência na Polícia”, disse Fidélis.
Cartões de memória são componentes utilizados em urnas eletrônicas e formatados a cada pleito. Contém dados como sistema operacional da urna, programas, arquivos com a relação de eleitores, faltosos, local de votação, resultado da votação etc.
“Os dados que existentes nesses cartões de memória são relativos ao referendo e seriam apagados com a formatação”, explicou Madeleine Nunes, da Coordenadoria de Eleições da Secretaria de Informática do TRE/MT. Esses dados não podem ser acessados porque são criptografados e somente são lidos por computadores da Justiça eleitoral. Porém, todas as informações são públicas e disponíveis ao público.
O lote furtado contava com 232 cartões de memória, conforme documento enviado ao TRE/MT pelo Cartório Eleitoral. O juiz Geraldo Fidélis também fez questão de informar a ocorrência à direção do Tribunal Eleitoral.