O pleno do Tribunal Regional Eleitoral concluiu, há pouco, em sessão plenária, o julgamento da ação movida pelo Ministério Público Eleitoral e não cassou o diploma eleitoral do deputado federal Neri Geller, que era acusado de caixa 2 na campanha e abuso de poder econômico. Depois de vários pedidos de vistas e adiamentos da votação, a votação foi concluída com votos contrários à cassação de Sebastião Monteiro, Jackson Coutinho, Bruno D’Oliveira Marques, do desembargador Gilberto Giraldelli (presidente) e Gilberto Lopes Bussiki. Para cassar o diploma foram favoráveis o relator, Sebastião Barbosa, e Fabio Henrique Fiorenza.
O procurador eleitoral, Pedro Melo Pouchain Ribeiro, acusava Geller de gastar R$ 2,4 milhões e estourar o teto estipulado pela lei além de doar R$ 1,3 milhão para doze candidatos a deputado estadual (dois deles são de Sinop e ficaram na suplência), “extrapolando o valor que poderia (10% de seus rendimentos brutos) e desequilibrando o processo eleitoral com a força econômica”, o que teria impactado diretamente em sua vitória. Ex-ministro da Agricultura, ele foi eleito com 73 mil votos.
O MPE também acusou Neri Geller de não comprovar “a licitude da origem de todos os recursos empregados nessa manobra, havendo dúvidas razoáveis sobre boa parte dos valores doados”.
“Enfim a justiça foi feita. Quebraram meu sigilo bancário e fiscal e eu nem recorri porque fiz questão que comprovassem a veracidade de 100% do que estava lá, tudo foi devidamente declarado no meu imposto de renda. As movimentações comerciais que fiz possuem contrato de compra e venda e a respectiva nota fiscal. Inclusive, essa documentação está anexada no processo há praticamente 2 anos”, analisou Geller, através da assessoria.