De acordo com os dados disponibilizados pela Justiça Eleitoral de Mato Grosso, em 2014, a sigla com maior patrimônio líquido declarado foi o Partido dos Trabalhadores. A tabela apresenta exatamente a quantia de R$ 3. 765.097,80.O PT declarou ativos da ordem de R$ 182 mil, com passivos no mesmo valor. Com fornecedores de bens e serviços e obrigações trabalhistas o partido declarou gastos de R$ 3,9 milhões e R$ 41 mil, respectivamente. No ano passado a sigla teve candidatura majoritária ao cargo de governador do Estado, com Lúdio Cabral, encabeçando a disputa.
Já o Partido da República (PR), presidido pelo senador Wellington Fagundes, declarou patrimônio de R$ 22 mil, embora os ativos daquele exercício tenham sido de R$ 809 mil, conforme a documentação publicada pelo TRE. As obrigações trabalhistas consumiram R$ 113 mil da legenda, e as transferências de recursos, R$ 660 mil.
Chama a atenção ainda o deficit do exercício declarado pelo PSB, partido do prefeito Mauro Mendes e hoje sob gerência do deputado federal Fábio Garcia. A legenda afirma ter um patrimônio negativo de R$ 816, com deficit de R$ 774 mil relativos a 2014. Quem também apresenta deficit é o PMDB, chefiado pelo deputado federal Carlos Bezerra: R$ 43, 2 mil. Pros, Solidariedade, Psol e o PSDB apresentaram patrimônio líquido de R$ 130 mil, R$ 14 mil, R$ 25 mil e R$ 42, 5 mil, respectivamente.
Metade dos 30 partidos com diretórios estaduais em Mato Grosso não apresentou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) o balanço patrimonial das siglas referente ao exercício de 2014, conforme determina a legislação. Entre as legendas, além dos chamados partidos nanicos, estão o PP e o PDT, partidos que saíram vitoriosos na disputa eleitoral, com as candidatura de Carlos Fávaro e Pedro Taques, vice e governador, respectivamente.
As legendas recebem recursos públicos destinados ao Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, conhecido como Fundo Partidário, que em 2015 tem previsão orçamentária de R$ 867,5 milhões. Esse valor é três vezes mais do que foi repassado no ano anterior, quando os partidos políticos receberam R$ 289 milhões em todo o Brasil.