O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Mariano Travassos, também condenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a aposentadoria compulsória, se licenciou do cargo por dois dias. A confirmação foi feita, agora há pouco, pela assessoria. O desembargador José Jurandir de Lima foi convocado para presidir a sessão do pleno nesta quinta-feira onde há mais de 30 processos em pauta. Como o vice-presidente, Paulo da Cunha, está internado com dengue hemorrágica, e o magistrado mais antigo, desembargador Leônidas Duarte Monteiro, está em férias, Jurandir foi designado para presidir a sessão. Ele já comandou o judiciário mato-grossense.
Travassos não explicou o motivo da licença. O tribunal também não confirmou se ele, o desembargador José Ferreira Leite e o desembargador José Tadeu Cury, além de 7 juízes que despacham no tribunal, foram notificados da decisão do CNJ, que determinou aposentadorias compulsórias porque entre 2003-2005 foram feitos pagamentos de créditos indevidos para os magistrados, totalizando R$ 1,5 milhão, que foram repassados para uma cooperativa de crédito não falir. A cooperativa de crédito era ligada à maçonaria e, na época, o desembargador Ferreira Leite era grão-mestre.