O presidente Michel Temer conversou, há pouco, no Palácio do Planalto, com o governador Pedro Taques, sobre as medidas que estão sendo tomadas pelo governo federal para reverter os efeitos negativos nas exportações de carne, após a operação Carne Fraca, da Polícia Federal, que prendeu fiscais do ministério da Agricultura e alguns representantes de empresas que industrializam alimentos, acusados de irregularidades. Mato Grosso é o principal criador de gado (cerca de 30 milhões de cabeças) e pode sentir os reflexos das decisões de alguns países de suspender a compra de carne brasileira até que se esclareça o caso. China e países europeus já suspenderam a compra de carne de Estados onde foram constatados problemas. A operação não foi feita em Mato Grosso.
Ele reforçou posicionamento que não podem ser generalizadas as irregularidades nas carnes de 21 frigoríficos e a conduta irresponsável de 33 dos 11 mil servidores do ministério para não atrapalhar as vendas no mercado internacional. “Não podemos fazer deste fato um instrumento para perturbar a conquista de mercados internacionais. Precisamos ter defesa sanitária, isto é feito pelo Indea, Imac e Mapa, o que nós não podemos é deixar que este fato contamine o nosso mercado”. O governador também disse ao presidente que, em relação ao impacto das restrições de países consumidores ao mercado brasileiro, já fez reunião com representantes do setor em Mato Grosso um dia após a deflagração da Operação Carne Fraca para que sejam tomadas as devidas providências. “Estamos diretamente ligados aos Institutos de Defesa e ao Ministério da Agricultura para colaborar em tudo o que pudermos”.
O governador entregou, ao presidente, uma caixa com picanha de Mato Grosso, com selo Imac, que atesta a qualidade do produto, dentro de rigorosos padrões de produção e controle de qualidade.
O presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio, Nilson Leitão, os secretários Wilson Santos e Kleber Lima acompanharam o governador na audiência.