Um terminal telefônico oficial da Procuradoria Geral de Justiça utilizado pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) foi interceptado no esquema vulgarmente conhecido como “barriga de aluguel”. O número, que estava à disposição de uma oficial da Polícia Militar que atuava no Grupo, foi identificado em uma decisão judicial proferida pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Cáceres, Jorge Alexandre Martins Ferreira, em 1º de outubro de 2015.
Nesta quarta-feira (24), o coordenador do Gaeco, promotor Marcos Bulhões dos Santos, encaminhou ofício ao procurador-geral de Justiça, Mauro Benedito Pouso Curvo, e ao corregedor-geral do MP, procurador de Justiça Flávio Fachone, relatando os fatos. No documento, ele explica que o número interceptado era utilizado pela oficial que coordenava as ações de inteligência.
Na ocasião, quatro grandes operações estavam em andamento no Gaeco: Metástase, Chacal, Seven e Rêmora. As duas últimas apuravam denúncias de corrupção. “Solicitamos ao procurador-geral de Justiça que encaminhe as informações levantadas com urgência à Procuradoria-Geral da República, considerando que os fatos estão sendo investigados por lá. Também informamos ao corregedor-geral que está sendo finalizada uma auditoria interna dentro do Gaeco e que o resultado será apresentado em breve para apreciação e adoção das providências cabíveis”.