Os novos conselheiros do Tribunal de Contas de Mato Grosso, Waldir Julio Teis e Humberto Bosaipo acabam de ser empossados no TCE, em solenidade prestigiada por prefeitos, deputados estaduais, federais e vereadores, além do governador em exercício, Sergio Ricardo e o presidente do Tribunal de Justiça, Paulo Lessa.
Teis e Bosaipo ficaram em pé durante a leitura do termo de posse, onde constam que os dois foram assinados e, em seguida, assinaram a ata e colocaram a toga.
Teis foi o primeiro a ser empossado e teve dificuldades para colocar a toga. O presidente José Carlos Novelli brincou: “Logo, logo vai se acostumar”. Em seguida, receberam notebooks e a carteira de conselheiros.
Teis, em seu discurso, lembrou sua infância humilde. “Caminhava 8 km para ir à escola. Vendi pirulito e tangerina para comprar materiais escolares e ajudar em casa. Trabalhei na roça, estudei e meu primeiro emprego foi de auxiliar de escritório”, lembrou, com voz embargada. Acrescentou que trabalhou por 20 anos para o grupo Andre Maggi e que relutou para aceitar ser secretário de Fazenda. O governador Blairo Maggi quando, me convidou para o cargo, me deu duas opções: ‘vai ou vai'”, revelou. Teis também definiu-se como uma pedra bruta, que vai batendo, levando pancada e sendo polida. “Chego a esta corte, agradecendo a indicação e confiança do governador Blairo, não apenas para punir, orientar, zelar e fazer zelar o que é do povo. Me ajudem no meu processo de polimento”, discursou.
O conselheiro Humberto Bosaipo fez um discurso abordando seu passado político, agradecendo o apoio de Julio Campos e Ubiratan Spinelli, que lhe conduziram a vida política. Não fez menção às acusações feitas pelo Ministério Público, que busca impedir sua permanência no TCE.
O procurador geral do Ministério Público, Paulo Prado, enviou representante para a solenidade. O MP ajuizou ação contra Bosaipo para impedir sua posse, mas a Justiça não concedeu liminar. O Ministério Público sustenta que Bosaipo não tem “idoniedade” para ocupar o cargo porque responde dezenas de processos por improbidade administrativa no período que presidiu a Assembléia.
(Atualizada às 16:04hs)