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TCE e instituto debatem parceria para fiscalização de obras públicas em MT via imagens de satélite

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Só Notícias (foto: arquivo/assessoria)

O Tribunal de Contas de Mato Grosso e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) discutiram parceria que pode resultar no monitoramento de obras públicas por meio de imagens de satélite. As vantagens como dinamização do trabalho, aumento do controle e otimização de recursos públicos foram os pontos debatidos. O chefe de gabinete da presidência do TCE, José Roberto Amador, reforçou que um dos princípios norteadores da gestão do presidente, conselheiro José Carlos Novelli, que é a inovação. “Estamos sempre buscando modelos novos para melhorar a execução de serviços. Assim, melhoramos o serviço prestado aos jurisdicionados e eles, por sua vez, melhoram a entrega à população.”

Ele acrescentou que o projeto será apresentado ao presidente e, se constatada a viabilidade da implantação, incluído no plano de trabalho para o próximo ano. “O objetivo é estreitar cada vez mais esse tipo de parceria por meio de apoio técnico. Dessa forma já atuamos com a Universidade Federal de Mato Grosso, por exemplo, e com outras instituições de ponta.”

O diretor do INPE, Clézio De Nardin, explicou que as imagens geradas pelos satélites são públicas e já estão disponíveis em bancos de dados. Assim, o tribunal poderá acessá-las a partir da utilização de um software disponibilizado gratuitamente pelo Inpe, o que garantiria uma projeção sobre o avanço das obras para posterior conferência dos auditores.

“Os satélites têm câmeras a bordo que contam com um pixel de dois metros. Ou seja, qualquer coisa maior isso pode ser medida lá de cima. Eles fazem uma volta na Terra a cada cem minutos, então também é possível revisitar o mesmo ponto em cima do Brasil a cada quatro ou cindo dias, o que permite monitorar avanços semanais, por exemplo, em qualquer obra pública.  O resultado é a melhora na execução orçamentária”, diz.

O coordenado-geral de Ciências da Terra do instituto, Gilvan Sampaio, um dos responsáveis pelo trabalho, conta que a ideia surgiu no ano passado. “Fizemos a parceria inicialmente com o Rio Grande do Sul, Paraná e Espírito Santo e agora estamos ampliando para Goiás e outros estados. Nesses lugares estamos em fase de treinamento dos auditores.  Há outras duas etapas, que ocorrerão ao longo dos próximos três anos.”

O INPE vem construindo e lançando satélites ao espaço há mais de 60 anos. A tecnologia, embora internacional, é totalmente adaptada e reconstruída para os padrões nacionais. Deste modo, os satélites, usados para imagens geral, contribuem, dentre outros, para a detecção de focos de incêndios florestais e na emissão de alertas para áreas de desmatamento.

 

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