O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso, conselheiro Antonio Joaquim, disse hoje, na abertura dos trabalhos de plenário da Corte, esperar agilidade tanto do Ministério Público quanto do Judiciário no caso do pedido de afastamento do cargo do prefeito de Juscimeira, Dener Araújo Silva.
O afastamento foi requerido sexta-feira da semana passada, ao MPE em medida cautelar decidida pelo conselheiro Valter Albano, face à grave situação em que se encontra a administração municipal. Na sessão de hoje, a medida foi homologada por unanimidade pelos conselheiros. Mas cabe ao procurador-geral Paulo Prado oficiá-la perante o Tribunal de Justiça.
A situação caótica enfrentada pelo município foi explicada pelo conselheiro Valter Albano, que no final do ano passado determinou a realização de uma auditoria especial na Prefeitura em atenção a uma grande quantidade de denúncias de má gestão que estava chegando ao Tribunal de Contas.
Os auditores apuraram um verdadeiro quadro de insustentabilidade, com atraso de sete meses de salário, emissão de 136 cheques sem fundos em valor total acima de R$ 700 mil, desvio de recursos, empenhos de recursos acima de R$ milhão sem procedimento licitatório etc.
O presidente Antonio Joaquim reforçou o entendimento já manifestado pelo conselheiro Valter Albano, de que o afastamento é necessário sob pena de que se “o prefeito permanecer na prefeitura pode causar novos danos ou agravar a situação detectada na auditoria”,