Por iniciativa do conselheiro Valter Albano, que apresentou a proposta em plenário, o Tribunal de Contas de Mato Grosso aprovou hoje, por unanimidade, Moção de Homenagens à Família de Dante Martins de Oliveira. A honraria foi sugerida em memória dos três anos do falecimento do ex-governador mato-grossense. Albano fez um rápido pronunciamento relembrando e destacando a figura de Dante, e a sua importância histórica para o Estado: "Era um homem que bastava acreditar em uma idéia para transformá-la em projeto estruturante".
Associando-se à homenagem, os conselheiros Alencar Soares, Humberto Bosaipo, Waldir Teis e Campos Neto também fizeram questão de destacar o político. O auditor substituto de conselheiro Luiz Henrique Lima registrou o reconhecimento nacional que se atribui ao autor da proposta de eleições diretas para presidente, cuja campanha mobilizou a Nação brasileira no ano de 1984 e que, mesmo sendo rejeitada pelo Congresso, ajudou a motivar o processo de redemocratização e a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte de 1988.
Albano disse que é preciso sempre destacar a singularidade da herança política de Dante de Oliveira. "Poucas personagens brasileiras foram, ao mesmo tempo, visionárias e tão empreendedoras. Dante não se limitava a sonhar, mas era obstinado na concretização de sonhos. Foi uma liderança política de grande habilidade e carisma, com atuação decisiva na democratização do país", assinalou.
O conselheiro também ressaltou a atuação de Dante de Oliveira como prefeito de Cuiabá e como governador de Mato Grosso. "Foi com Dante que se fez a maior reorganização político-administrativa neste Estado, reconquistando a credibilidade institucional que o governo tinha perdido. A retomada da credibilidade decorreu principalmente pela reestruturação econômica e fiscal", acrescentou Albano.
O conselheiro presidente Antonio Joaquim saudou a memória de Dante de Oliveira pontuando a sua seriedade e honestidade como homem público. De acordo com Antonio Joaquim, Dante sofreu muito com a campanha difamatória que lhe foi encetada pelos adversários após o encerramento de sua gestão administrativa no governo estadual. "Foi uma ação eleitoral mesquinha e irresponsável. Falavam de caixa preta, de desvio de soma bilionária, mas ficou constatado que tudo não passava de discurso eleitoral contra aquele que foi uma das maiores expressões políticas da histórica de Mato Grosso".