O ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas avaliou positivamente o chamamento público apresentado, ontem à tarde, pelo governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, para expansão da Ferronorte, que tem principal base em Rondonópolis (fazendo ligação com São Paulo) ligará a Cuiabá (extensão aproximada de 200 km) e, posteriormente, a Nova Mutum (cerca de 200 km da capital) até Lucas do Rio Verde. Deverão ser investidos cerca de R$ 12 bilhões para operação em 40 anos. Com isso, deverá gerar mais de 235 mil empregos, mais de 700 quilômetros de trilhos com 60 pontes e viadutos.
“Eu entendo que sim (outros estados podem seguir o exemplo de MT). As leis estaduais são excelentes iniciativas. A extensão que está sendo promovida pelo Governo de Mato Grosso é muito bem-vinda, porque no final das contas a gente aumenta a área de influência da ferrovia, permite buscar cargas mais longe, vai aumentar a quantidade de TKU [Tonelada Quilômetro Útil] dentro da ferrovia e isso é uma coisa interessante. Não vejo ali nenhum tipo de desconexão com a política nacional ferroviária”, defendeu o ministro, durante live promovida pelo Valor Econômico, em parceria com a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários .
A ferrovia estadual, que é uma obra pioneira e histórica em Mato Grosso, além de interligar os cinco munícipios já citados, vai conectar com a malha ferroviária nacional. Serão 700 km de extensão, a serem construídos pela empresa que sair vencedora do edital. Foi definido o modelo privado de exploração, pois nesse formato o Estado faz a chamada pública e as empresas se habilitam a participar de seleção para fazer os investimentos, por sua conta e risco. A empresa vencedora deve aplicar cerca de R$ 12 bilhões no modal.
Com o anúncio, as empresas interessadas terão 45 dias para apresentar propostas. O investimento estimado é de R$ 12 bilhões e a vencedora terá prazo de 45 anos para operar. O objetivo do modal é integrar o Estado com o sistema federal de ferrovias e com os demais estados; integrar os modais logísticos de Mato Grosso; reduzir o custo para transporte da produção, com mais competitividade; ampliar a circulação de produtos e ampliar alternativas para o transporte da produção.
A obra será iniciada em até seis meses após a emissão da licença ambiental de instalação. A previsão é que o Terminal de Cuiabá seja concluído até o 2º semestre de 2025 e o de Lucas do Rio Verde até o 2º semestre de 2028.
Estudos realizados pela secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) apontam que a implantação da ferrovia vai impactar diretamente 27 municípios de Mato Grosso. Além de Primavera do Leste, Lucas do Rio Verde, Novam Mutum, Cuiabá e Rondonópolis, que receberão os terminais, as cidades de Juscimeira, São Pedro da Cipa, Jaciara, Santo Antônio do Leverger, Várzea Grande, Chapada dos Guimarães, Rosário Oeste, Nobres, Diamantino, Sorriso, Sinop, Vera, Nova Ubiratã, Santa Rita do Trivelato, Paranatinga, Planalto da Serra, Nova Brasilândia, Campo Verde, Poxoréu, São José do Povo e Pedra Preta também serão beneficiados, pois poderão se utilizar dos terminais da ferrovia.
Conforme Só Notícias já informou, o governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que a expansão será um marco não só para o agronegócio, mas para as indústrias, comércio e geração de empregos de Mato Grosso.