O governador Pedro Taques (PSDB) voltou a criticar o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), na abertura do Show Safra BR-163, ontem, em Lucas do Rio Verde. Primeiro gestor estadual a se manifestar a favor do impeachment, reforçou ser contra a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), aos ajustes fiscais que diz ver a União impondo aos Estados e defendeu a redução no número de ministérios (atualmente 31).
Taques reforçou que o orgulho nacional está ferido. “Entendo que estamos em um momento histórico, não podemos aumentar impostos. Medidas equivocadas foram tomadas, roubaram o orgulho nacional com os escândalos de corrupção na maior empresa brasileira, a Petrobras. E hoje querem que os Estados façam o ajuste fiscal que o governo federal não fez”, afirmou. “Precisamos de uma reforma, que diminuam o tamanho do Estado, precisa ter menos pernas, menos braços, ser mais cerebral e menos ideológico”, completou ao se referir aos ministérios.
Apesar das críticas, Taques se disse positivo quanto aos futuros desdobramentos políticos. “Precisamos entender que hoje o mundo precisa do Brasil. O mundo precisa de Mato Grosso. Temos que superar as diferenças, desafios que forem encontrados pela frente. Aqui em Mato Grosso temos procurado fazer isso”.
Quando Lula foi indicado ao governo, Taques disse que "com a nomeação do ex-presidente como ministro-chefe da Casa Civil, temos a concretização do que eu já dizia desde o ano passado, temos uma presidente e um presidente emérito, na sombra. A presidente abdicou do seu poder e criou um parlamentarismo de banana. Os reflexos desses fatos não são bons e já refletem na economia. A ida de Lula para um ministério é um desrespeito não só à sociedade brasileira, mas também às instituições". Lula ainda briga na Justiça para assumir o cargo.