O senador Pedro Taques (PDT) voltou a defender reforma política que contemple também a reforma do Pacto Federativo e ainda propôs um acordo entre a bancada federal mato-grossense para o direcionamento das emendas parlamentares. “Quando se fala em reforma política, muitos associam somente com a reforma eleitoral. Penso que a reforma passa também por um repensar dos municípios. As emendas parlamentares individuais permitem que os parlamentares levem as emendas aos municípios e escolham, com os prefeitos, onde elas serão aplicadas. Para mim, isso não é certo”, disse em entrevista a uma emissora de rádio de Cuiabá.
“Penso que devemos ter, dentro da reforma política, a reforma do Pacto Federativo que assegure, na Constituição, um volume maior de recursos para os municípios, evitando que os prefeitos fiquem de ‘pires na mão”. Ontem, enviei de Brasília ofício aos prefeitos dos 141 municípios de Mato Grosso, colocando o escritório de apoio em Cuiabá e o gabinete que ocupo em Brasília à disposição. Vou dialogar com todos os prefeitos, independente da bandeira partidária”.
CCJ
“Os senadores do PDT entenderam que, em razão da minha experiência como procurador da República e professor de Direito Constitucional, eu representaria bem o partido na CCJ. Por indicação do PDT, serei um dos membros da CCJ. Quero, com toda humildade, contribuir para a criação de leis mais justas”.
A CCJ é uma das comissões mais disputadas do Senado por ter amplas atribuições: seus pareceres tratam desde a perda de mandato de um senador até a criação de novos estados na Federação. Por causa do poder da CCJ, o seu controle é o mais disputado pelos partidos no início das legislaturas.
Taques afirmou ainda que pretende lutar para que, dentro da CCJ, possa discutir frentes de trabalho como a da Segurança Pública. “Temos que ter coragem de debater, quem sabe, a unificação das polícias. Esse é um assunto que precisa ser debatido com a Polícia Miliar, a Polícia Civil sobre que modelo será melhor para o país”.