Em sua segunda viagem oficial para fora do Estado, Pedro Taques participará de um encontro com outros seis chefes de executivos estaduais, amanhã, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, sede do governo de Goiás, em Goiânia. Na pauta estão previstas discussões sobre o preço do etanol, o recebimento de recursos arrecadados pelo governo federal com a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que incide sobre os combustíveis e a situação de 84 usinas paralisadas ou sob intervenção judicial.
Além de Taques, participam do encontro os governadores de Goiás, Marconi Perillo; de São Paulo, Geraldo Alckmin; de Minas Gerais, Fernando Pimentel; do Paraná, Beto Richa; de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja; e de Alagoas, Renan Filho. Os sete participam de um almoço às 12h e se reúnem às 15h para tratar dos temas em pauta.
A principal reivindicação deve ser a cobrança para que o Governo Federal repasse aos estados e municípios 29% da arrecadação com a Cide, conforme previsto na Constituição. Deste total, 25% são remetidos às cidades de acordo com o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e o tamanho da população.
O aumento da Contribuição pelo Governo Federal foi um dos fatores que levou caminhoneiros a paralisarem as atividades, além do preço do frete. Governantes e prefeitos tentam contornar a crise gerada pela falta de combustíveis, alimentos e gás de cozinha, por exemplo.
A presidente Dilma Rousseff declarou à imprensa nacional que não houve aumento no preço do etanol, mas sim a recomposição no valor da Cide. Os governadores reclamam, porém, que dos R$ 12,2 bilhões previstos para serem arrecadados com a Contribuição neste ano, apenas R$ 478,5 milhões serão remetidos aos municípios. O montante é considerado irrisório. Tramita no Congresso Nacional a Proposta de Emenda Constitucional que prevê aumento no valor repassado pela União.
A falta do etanol atinge a circulação de veículos, incluindo as máquinas que fazem a colheita de grãos. O preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) também começou a subir. Preocupados com a situação, os sete governadores vão debater a retomada das obras das usinas paralisadas ou em recuperação judicial, que podem alavancar a economia de estados e municípios.