O governador Pedro Taques participou, esta tarde, em Brasília, da implantação do Consórcio Interestadual do Brasil Central, que reúne 6 Estados. O governador de Goiás, Marconi Perillo, foi escolhido presidente e colocará o consórcio para funcionar.
“Vamos promover uma boa agenda de desenvolvimento, com competitividade e inovação, e avançar na discussão de temas que sejam de comum interesse aos estados. A boa política sempre será capaz de produzir boas soluções”, disse.
Taques destacou a inovação proposta pelo Brasil Central que representa “ uma inovação do ponto de vista político e administrativo. Esta autarquia se coloca entre os estados membros e a União. Assim, nossas necessidades nas mais diversas áreas serão tratadas de maneira uniforme. Agora, estamos estudando a possibilidade de receber recursos internacionais para financiamentos”, informou.
Taques falou ainda sobre os benefícios que poderão ser gerados para Mato Grosso. “A união de interesses comuns faz com que nós possamos crescer em escala, ganhar em produtividade. A ideia do consórcio é muito vantajosa para Mato Grosso e também para outros estados que o integram, uma vez que reduz a competitividade entre nós e nos torna capazes de competir com outros mercados”.
O governador de Mato Grosso do Sul, Antonio Azambuja, afirmou que, a partir de agora, os estados poderão conciliar compromissos dentro de uma lógica que inclui a execução de projetos em diversas áreas. Aproveitou ainda para chamar a atenção para a necessidade de discutir a Reforma do Estado. “Estamos precisando repensar o Estado brasileiro. Trata-se de uma pauta difícil, mas não impossível. Esse é o momento ideal para avançarmos”, ressaltou.
Para o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, o Brasil Central deve focar na execução de projetos que promovam o desenvolvimento dos seis estados que o compõem, buscando soluções inovadoras. “Os estados contarão agora com a moeda da cooperação. Queremos compartilhar experiências buscando o bem comum”, concluiu.
Confúcio Moura, governador de Rondônia, levantou a necessidade de incluir os municípios nas discussões. “Temos que dar suporte aos municípios. Consolidar uma agenda de serviços para trabalhar com dinamismo com o objetivo de garantirmos resultados práticos e mudanças positivas para o nosso país”, declarou.
O ex-ministro de assuntos estratégicos, Mangabeira Unger, será o presidente do conselho consultivo do consórcio, que será composto ainda por secretários indicados pelos governadores. “Esse consórcio é um novo paradigma no que se refere a políticas regionais. É uma iniciativa que vem ao encontro das vanguardas emergentes em cada região do país”, disse Unger.
A proclamação do Consórcio Interestadual do Brasil Central aconteceu no Memorial JK, durante o 5º Fórum dos Governadores do Brasil Central. O evento contou ainda com a presença do governador de Tocantins, Marcelo Miranda, além dos secretários de planejamento e presidentes das Assembleias Legislativas dos estados e representantes do Movimento Brasil Competitivo.
O Consórcio Interestadual do Brasil Central é uma associação pública de natureza autárquica, dotado de autonomias administrativa e financeira e conta com patrimônio e receitas próprios. Cada Estado contribuirá, anualmente, com R$ 1,9 milhão para financiar as atividades que serão executadas.
Neste momento, Pedro Taques e os demais governadores e secretários de Estado se reunirão com o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi. Nesta quarta, Taques participa de audiência pública no Senado Federal para apresentação do Consórcio do Brasil Central, informa a assessoria.