Mesmo mantendo simpatia pelo PSDB do senador Aécio Neves, o governador Pedro Taques pode optar pelo PSB, do ex-governador Eduardo Campos (falecido em acidente aéreo em 2014), se decidir deixar os quadros do PDT. As costuras entre líderes da nacional do PSB para atrair Taques à legenda foram intensificadas no último fim de semana, segundo fonte, com planos políticos que passam pelo Palácio do Planalto. O nome de Taques vem despontando nos bastidores do cenário nacional como uma via para disputar a presidência da República nas eleições de 2018. Projeto do PSDB também consideraria a possibilidade de Taques integrar chapa majoritária.
No PSB, essa tese estaria ganhando força principalmente pela lacuna deixada por Campos, após sua morte em plena campanha eleitoral. Na quarta-feira (25), o chefe do Executivo estadual esteve reunido a portas fechadas com o presidente do PSB em Mato Grosso, prefeito de Cuiabá Mauro Mendes, para discutir o assunto. Mendes teria o papel fundamental de tentar estreitar laços entre a agremiação e o gestor de Mato Grosso. No início deste mês, conforme notícias da imprensa nacional, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) fechou um acordo com os representantes do PSB paulista para concorrer a prefeitura de São Paulo pela legenda no ano que vem. Neste fim de semana (dias 21 e 22), Pedro Taques esteve na capital paulistana e se encontrou com a senadora.
Na ocasião trataram da possibilidade de o governador também integrar o grupo. Em recentes declarações à imprensa, Taques admitiu estar sendo assediado por diversos partidos para uma possível filiação. Senador Aécio Neves teria sido o responsável por tentar convencer o matogrossense a entrar para as fileiras da legenda tucana. Pedro Taques apoiou Aécio Neves nas eleições gerais do ano passado, quando este concorreu ao cargo de presidente. Em Mato Grosso, o tucano venceu a adversária petista e angariou a maioria (54,6%) dos votos válidos.
No dia 11 de março, o gestor matogrossense visitou o gabinete de Aécio no Senado Federal, a convite do pró- prio senador. A tendência, no entanto, é que o pedetista estreite ainda mais os laços com a sigla socialista, segundo fonte, devido ao momento de falta de representatividade enfrentado pela legenda nacionalmente. Para que Taques deixe o PDT, terá que encontrar brecha na lei de fidelidade partidária.