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Taques pede que combustível e comida sejam liberados mas caminhoneiros mantêm bloqueios

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O governador Pedro Taques pediu, esta tarde, para coordenadores do bloqueio em três rodovias federais em Mato Grosso liberassem a passagem de caminhões e carretas contendo alimentos e combustível. A assessoria do governo informou que o pedido seria atendido para que diversos municípios não ficassem desabastecidos. Porém, até o início da madrugada desta quarta-feira (24), a Polícia Rodoviária Federal informou que apenas uma rodovia as carretas e caminhões carregados foram liberadas para passar. É na 070, na região de Cáceres. "Na 163 e 364 o bloqueio continua", informou um policial ao Só Notícias. Desde segunda-feira, que não há intervalos para cargas de combustível, comida, grãos, gás, roupas e demais produtos passarem. O protesto ganhou mais força nesta 3ª e foram trancadas rodovias em 13 estados (carros e ônibus passam).

Mais de oito cidades nas regiões Norte e Médio Norte, além de Cuiabá, começam a ter falta de combustível, pelo levantamento feito pelo Sindicato dos Distribuidores de Petróleo. Os estoques em vários postos acabaram. Em Sinop, Sorriso, Lucas, Guarantã do Norte, dentre outras cidades, houve longas filas nos postos. Vários deles estão sem combustível, a espera das carretas que saíram das distribuidoras mas estão nas longas filas nas rodovias. O bloqueio também tem atrasado entrega de muitos produtos e travado negócios em diversos setores do comércio e indústria, além de empresas no agronegócio.

Nesta terça, houve a terceira reunião entre as partes e vão ser notificadas as principais tradings (ADM, Bunge, Cargill, Louis Dreyfus e Amaggi) para discutir o valor que está sendo pago pelo frete. É cobrado que as grandes empresas paguem o preço mínimo do frete estabelecido na lista do governo. A reivindicação é de R$ 0,70 por km rodado de cada eixo de carreta ou caminhão. A notificação das tradings será feita pelo procurador-geral do Estado, Patryck Ayala.

Um dos principais motivos da manifestação, juntamente com o preço do óleo diesel, o preço do frete será discutido entre caminhoneiros, empresas, governo do Estado, e também com o Ministério Público do Trabalho e o Ministério Público do Estado.

O secretário de Fazenda, Paulo Brustolin anunciou o congelamento da pauta fiscal que estabelece os Preços Médios Ponderados ao Consumidor Final (PMPF) do óleo diesel, por 15 dias, o que evitará impacto de 5,77% na base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Prestação de Serviços (ICMS) nos preços dos combustíveis. O  diretor-executivo da Associação dos Transportadores de Cargas de Mato Grosso (ATC), Miguel Mendes, ressaltou que a liberação dos caminhões é resultado do diálogo com o governador Pedro Taques. “O diálogo foi muito positivo, o governador tem nos atendido e só temos que parabenizá-lo por isso e, também, por ter viabilizado a reunião com a Sefaz”.

Os manifestantes querem redução imediata no preço do diesel, que o ICMS sobre o óleo diesel caia de 17% para 12% – o que está sendo avaliado por um grupo de estudos do governo, empresários de transportes e caminhoneiros. O governo sinalizou com congelamento provisório da pauta fiscal e não mudará a base de cálculo do ICMS sobre o combustível, o que evitará correção de 5% nos valores do imposto cobrado das empresas. Também é cobrado de algumas multinacionais do agronegócio que melhore o preço do frete, que estaria sendo praticado, por algumas delas, abaixo do valor da lista mínima. Também é reivindicada carência no pagamento de financiamentos de caminhões e carretas e redução no valor dos pedágios.

O governo federal informou que não aceita discutir o preço do diesel. O ministro Miguel Rosseto foi direto ao dizer que o assunto "não está na pauta do governo", que conseguiu liminares na justiça para desobstruir rodovias federais no Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Bahia

 (Atualizada 00:04h em 25/2)

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